9 de junho de 2009

O Fascínio pela Índia Desvendado - Parte 1





Namaskar

Eu quero compartilhar com voce hoje um artigo meu que foi publicado no Jornal da Economia no dia 10/03/2009.

Este artigo faz parte de uma trilogia. Nesta trilogia tento explicar o fascinio das pessoas pela India.


O Fascínio pela Índia Desvendado - Parte 1
Brasileiros e portugueses são igualmente atraídos pelos encantos da distante Índia.
Mas o que os leva a ter fascínio por um país sobre o qual não conhecem quase nada?
Não sabem quantos estados a Índia possui, qual é seu regime político, quais são suas religiões, tradições culturais, comidas, história, mitologia, geografia, línguas etc.
Mesmo assim, recebo diariamente dezenas de emails e comentários no meu blog Indiagestão dizendo, “sempre amei a Índia, não sei porque mas sempre tive vontade de conhece-la”; e isso muito antes da atual novela Caminho das Índias entrar no ar.
A questão é, por que tantas pessoas nutrem um carinho por um país que mal conhecem?
Atribuo a primeira parte da explicação para este fato, às aulas de história do ensino fundamental.

Quando somos crianças a primeira coisa que aprendemos na escola em relação a história de nosso país é que os portugueses ao tentarem descobrir uma rota marítima para a Índia acabaram por encontrar o Brasil (embora este esteja em direcao totalmente oposta).
Quando ouvimos isto, nossa imaginação infantil corre solta, e esta história oficial acaba virando um fascínio para nós, pois tem além de tudo um sabor de aventura.
Inconscientemente fica registrado que se os portugueses, nossos colonizadores e portanto 'seres superiores' (é assim que funciona para o nosso inconsciente infantil), se deram ao trabalho de lançar tamanha empreitada já naquela época, para alcançar uma terra tão distante quanto a Índia, é porque com toda certeza valeria muito a pena! Cria-se entao, a imagem de um país fascinante e exotico; e assim nasce o fascínio brasileiro pela Índia.
Este fascínio ficou no inconsciente coletivo e por isso mesmo todos dizem adorar a Índia, sem no entanto conhece-la.
Claro que há ainda pessoas que acreditam que aqui viveram em vidas passadas, mas este assunto eu deixo a encargo dos místicos.



















































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