Namaste
Hoje temos o relato da Vera que gentilmente atendeu minha solicitação e esta compartilhando conosco sua experiência aqui na Índia. Ela NAO veio fazer turismo “mochilao” e conhecer 10 cidades diferentes em 15 dias. Seu objetivo foi visitar exclusivamente Puttaparthi, onde fica o ashram de Sai Baba.
Leia seu relato abaixo:
Quando embarcamos em Paris para Bangalore já comecei a sentir um friozinho na barriga, pois nossa próxima parada seria realmente a Índia!
O velhinho do Raio-X olhando as malas meio que desinteressadamente.
Nossa chegada aconteceu no dia 22/07 às 00:30. Dali fomos para um hotel para seguir viagem para Puttaparthi somente na manhã do dia 22.
Essa história do táxi marcar de vir pela manhã e só chegar à tarde na verdade merece uma explicação.
Bem, ao pegarmos nossas malas no aeroporto em Bangalore, fomos procurar o motorista e nada de encontrá-lo! Não havia ninguém no aeroporto segurando plaquinhas com nossos nomes!
Bem, resolvemos pegar um táxi do aeroporto mesmo e irmos para o hotel, torcendo para que no dia seguinte o motorista se lembrasse de nos pegar e fazer o resto da viagem.
Este novo táxi nos custou a fortuna de 4300 Rupias! Até argumentamos que estava caro, mas o gerente do hotel disse que os táxis estavam em falta por causa de uma convenção, bla, bla, e só tinha esse mesmo, que nos pegaria só à tarde!
Todos vestiam doti ou sári, e calçavam sandálias de dedos. Alguns estavam descalços.
Dava a impressão de ser um trabalho bem toscão e não o reparo de uma estrada, ou a sua duplicação. Como aqui no Brasil estou acostumada a ver o pessoal todo uniformizado, de capacete, estrada sinalizando obras, etc, achei bem diferente essa abordagem indiana.
Até as mulheres trabalhavam com seus sáris, carregando fardos imensos de gravetos.....até crianças estavam trabalhando. Comentei
Parou num lugar que parecia uma lanchonete e foi almoçar. Disse que não ia demorar e perguntou se a gente queria comer alguma coisa.
Obviamente que não queríamos comer nada ali, pois o local não inspirava muita higiene.
Tiramos algumas fotos lá de dentro do carro mesmo e depois de uns 15 minutinhos retorna o Kumar e continuamos a viagem. (Eh normal parar para comer. Os motoristas islâmicos também param para rezar em determinados horários).
Nessa breve paradinha eu reparei como existem cachorros abandonados na Índia! Muitos! E o mais engraçado é que existe uma “raça” bem comum, um tipo com pelo meio amarelado, magrelo. Eu vi esse tipo de cachorro aos montes......
Finalmente chegamos
O hotel era muito modesto, mas para o local o padrão era alto nível.
Realmente o hotel era bem espaçoso. Nosso quarto era enorme! Tinha até uma pseudo-cozinha.
Tinha também ar condicionado, ventilador de teto, frigobar. Pelo que pude perceber, era um luxo.
As pessoas do hotel eram muito simpáticas e nos receberam muito bem. Até demais.
Entraram umas cinco pessoas para nos mostrar o quarto. Cada uma queria mostrar uma coisa, uma senhora ficava alisando a cama, outro mostrava o banheiro, outro o frigobar.
Daniel (meu marido) ficou tão espantando com essa recepção e
Nos instalamos no quarto, forramos a cama com nosso próprio lençol, verificamos o banheiro e, mais uma vez, demos de cara com um baldão, um baldinho e uma caneca no banheiro.
Reparamos também que neste banheiro havia algo parecido com uma torneira no local onde abríamos a água do chuveiro. No final das contas essa torneira e esse balde foram úteis. Utilizamos para lavar algumas roupas.
Vista frontal do local onde o motorista Kumar parou para almocar.
Aguarde continuacao...
Nossa que legal... ainda bem que n�o precisaram tomar banho de caneca!!!
ResponderExcluirComo a Sandra mesmo disse Incredible Indiaaaa
Oi Sandrinha, cada novo depoimento aprendo um pouco, é impressionante como somos ligados a higiene, e como as coisas que aconteciam aqui no passado chocam as pessoas. Nas fazendas do interiorzão do Mato Grosso, Goiás e em algumas cidades do nordeste ainda se tomam banhos de bacia e canequinha. A viagem para a Índia é sempre uma tremenda aventura, ainda bem que gosto de aventuras, então me aguarde rsrsrs. Beijos no coração OM Shanti
ResponderExcluirOi Sandra,mais uma vez os famosos baldes com suas canequinhas!
ResponderExcluirLer o seu blog e aprender com as experiencias de quem escreve aqui é tudo de bom.Tudo acontece do jeitinho que a gente lê.Também passei pela experiencia do motorista de táxi no aeroporto igual a Vera.
mOi Sandra !
ResponderExcluirMuito bom este relato.
A Vera está contando tudo bonitinho,de modo claro e impessoal. Sinto que a estadia no Ashram deve ter feito muito bem a eles, pela forma como ela está expondo suas impressões, sem emocionalismo e bem centrada - supondo que esta seja sua primeira viagem à India -.
Estou ansiosa pelo final, pois tenho muita vontade de conhecer esta cidade e o Ashram de Sai Baba e já vi que vou poder confiar no que a Vera disser.
Um beijo a você e a Vera
Lakshmi
Gostei de como vcs relataram a sua impressão da India, como pessoas equilibradas e imparciais.
ResponderExcluirÈ bom ouvir as opiniões de visitantes de diferentes pontos de vista, e estagios diferenciados.
É perceptivel a diferença entre quem vai buscar algo já estabelecido interiormente e quem vai apenas satisfazer a curiosidade em um páis muito diferente e um povo antiquíssimo.
Desejo uma boa estadia no ashram, e momentos de pleno preenchimento interior, que é o que mais necessitamos.
Concordo também com a colocação da Laksmi a respeito da visão isenta de emocionalismos exarcebados.
Paz interior e alegria sempre nova a todos..
Ah, não... peraí, nao to entendendo... afinal o banho foi de caneca e balde ou nao foi??!?!? Se ela usou a torneira do chuveiro e o balde pra lavar a roupa... como é q é afinal o esquema do banho??!?!?!
ResponderExcluirAaah, ok, duas opçoes: ou banho de balde com canequinha ou de chuveiro mesmo... Aaaah dá até pra escolher...
ResponderExcluirOlá Sandrinha:
ResponderExcluirMuitas coisas em comum se conseguem perceber nos diferentes relatos até hojefeitos por diferentes pessoas...muito interessante!
Mais uma aventura para ocidentais....esperemos agora pela continuação desta nova aventura.
Joka grande, P.