Nâmaskar
Cerca de 300 mil transexuais se reuniram no Festival de Koovagam, na região de Tamil Nadu, no sul da Índia, para defender o sexo seguro.
Os transexuais vão todos os anos ao único templo dedicado na Índia aos "aravanis" (como são chamadas as travestis na Índia). O Festival é uma homenagem ao deus Koothandavar, que se casou com Vishnu depois de adotar a forma de mulher (travestiu-se).
O festival recebeu travestis e transexuais da Austrália, Áustria, França, Grã-Bretanha e Estados Unidos (nenhum brasileiro participou). O evento foi patrocinado pela Fundação contra a Aids de Tamil Nadu (TAI), que tem como patrono o presidente da Microsoft, Bill Gates.
A TAI organizou um concurso de beleza para escolher a Rainha do Festival. (mas os jornais locais não publicaram nem uma foto da Rainha).
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Ontem, domingo, fui a um casamento indiano. Até aqui nenhuma novidade, depois de ir a vários casamentos a coisa cai na mesmice e acabam parecendo todos iguais, porém este teve duas diferenças que vale a pena relatar.
Primeiro, as famílias do noivo e da noiva resolveram juntas forças e fazer o casamento religioso e as festas tudo em um único dia!!!! Isso mesmo, nada de 3 dias de casamento como reza a tradição hindu.
A fofoca corre solta por aqui, e enquanto uns diziam que era para economizar $$$, outros diziam que era pela viabilidade, visto que a noiva mora em Jaipur, noivo em Mumbai, e o casamento foi realizado aqui em Delhi. Não faziam sentido fazer com que os convidados perdessem 3 dias pois afinal estavam vindo de cidades diferentes e além do transporte há que se pagar também hotel e refeições.
Mas a segunda diferença é a que mais me chamou a atenção.
Como o noivo e a noiva são parentes distantes e possuem o mesmo sobrenome, eles não poderiam se casar; assim, antes da cerimônia de casamento, foi feita uma cerimônia religiosa hindu onde o tio da noiva a “adotou” simbolicamente. Uma vez “adotada” pelo tio foi feita então a cerimônia religiosa hindu de casamento.
Aqui também houve uma modernização e ao invés de levar 2 horas como de costume, o sacerdote hindu conseguiu reduzir para 40 minutos a cerimônia de casamento.
Para minha alegria encontrei uma moça inglesa (Hannah) que como eu era um peixe fora d’água. Assim, passamos o tempo todo juntas conversando. Hannah é simpática, bonita e inteligente e graças a sua companhia não me senti sozinha como sempre acontece nestas festas de casamento indianas.
Incredible India!
Om Shanti