17 outubro 2005

Metrô de Delhi


Nâmaskar

Ontem, domingo, fui fazer um programa alternativo. Fui juntamente com meu esposo e minha sogra, conhecer o metrô de Delhi.

Ao entrar na estação CP a primeira coisa que notei foi um leve cheiro de cimento no ar.

As tarifas são diferenciadas, ou seja, dependendo até onde você vai, paga-se um preço diferente. A passagem mais barata é de 6 rúpias e a mais cara é de 14 rúpias. Nós compramos passagens de 10 rúpias cada.

O mais interessante é que a passagem não é de papel com faixa magnética como no metro de São Paulo, mas sim uma fichinha de plástico como uma moeda.

Antes de se chegar ao bloqueio (catraca), há que se passar por um detector de metal e depois por uma rápida revista. Desconfortos de um país já acostumado ao terrorismo.

Passada a revista pessoal, é chegada a hora de passar pelo bloqueio eletrônico. Basta encostar a fichinha plástica (que contem um chip) no local apropriado no painel, que as portinhas se abrem e você finalmente passa.

O metrô de Delhi possui no momento 3 linhas (azul, vermelha e amarela).

Nós fomos conhecer primeiro a linha amarela que é toda subterrânea. São 11 km com 10 estações. Depois fomos conhecer um trecho da linha vermelha (22 km com 18 estações) e é elevada. A linha azul decidimos não visitar pois já estava se tornando cansativo (32 km com 31 estações).

O metrô aqui funciona das 6h00 às 22h00 todos os dias e o tempo médio de intervalo entre os trens é de 5 minutos em horário de pico e de 15 minutos nas horas de menor movimento.

Os vagões são mais largos do que os de São Paulo. Há uma barra central para as pessoas se segurarem onde encontramos alças como nos trens.

A característica mais interessante, sem dúvida alguma, é o fato dos vagões NÃO possuírem separações entre si. É como um longo trem sem divisões. Eu estava no último vagão e podia ver lá longe, ao fundo, as pessoas no primeiro vagão!!! Quando há uma curva, você pode ver o trem todo se curvando pra lá e pra cá como se fosse uma cobra! Adorei!!!!

Dentro do vagão há 3 tipos de placas informando as estações, uma fixa em inglês, uma fixa em hindi e uma eletrônica em ambas as línguas. O aviso sonoro também é feito em hindi e inglês.

A eletrecidade não é provida por baixo como no metrô de SP mas sim por cima.

As mulheres indianas usam sari (6 longos metros de tecido enrolado ao corpo sem costuras, ziper ou botão) que vai até os pés. Esse monte de pano aliado a falta de prática, torna o acesso as escadas rolantes um verdadeiro dilema e batalha! Elas riem, tem medo, suam frio, ficam sapateando pra lá e pra cá sem coragem de pisar nos degraus da escada. Empatam os que querem subir e por fim, vão agarradíssimas ao corrimão, como se fosse a própria vida. Ninguém se oferece para ajudá-las pois escada rolante é novidade para todos, inclusive para os homens. Descer da escada rolante é outra aventura, mas muito mais tranquila do que subir ‘no troço em movimento’. O gostoso é ver ao final, todos rindo e felizes por terem conquistado a "fera" rolante e terem dado mais um passo a modernidade, que aos poucos vai se instalando na nossa amada Índia de mais de 5 mil anos!!!!!!!

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Incredible India!

Om Shanti