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20 junho 2008

Toilet Feminino


Namaskar

Voce ja sabe que a roupa tradicional das mulheres indianas eh o sari. Assim sendo, nada mais justo do que colocar na placa indicativa do toilet feminino um desenho de uma mulher vestida de Sari!! :)

C
lique no botao abaixo para assistir ao video.

Incredible India!

Om Shanti





Foto: Placa de toilet ocidental, onde a mulher esta de vestido e NAO de sari hehehehehe

16 maio 2007

Bharathanatyam (Dança Indiana)


Nâmaskar

Hoje temos a participação da Fernanda Desai que vai nos explicar um pouco sobre a dança indiana Bharathanatyam. A Fernanda é a dona da comunidade NATYADHARMA DANCA INDIANA do Orkut http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=5769541 e do website http://www.freewebs.com/natyadharma/

Dança Clássica Indiana- Bharathanatyam

A dança clássica indiana Bharathanatyam é uma das mais antigas e populares formas de dança da Índia. É extremamente tradicional e conhecida por sua vigorosidade, pureza e poses esculturais.

O Bharathanatyam, ou Bharat Natyam, nasceu nos templos do estado de Tamil Nadu, no Sul da Índia, há mais de 5000 anos. Originalmente era executada apenas pelas Devadasis, mulheres que pertenciam ao Templo e eram completamente devotadas à arte. A dança era oferecida aos Deuses como forma de agradecimento e devoção. Sendo assim, o Bharathanatyam é uma dança essencialmente devocional e atada à religião Hindu.

A palavra Bharatha tem sua origem em várias raízes. Bharatha é o antigo nome da Índia e também é o nome do sábio ao qual o Deus Brahma concedeu as escrituras que regem a dança, o Natya Shastra. Também é dito que a palavra Bharatha tem sua origem em Bha- Bhava (emoção), Ra- Raga (melodia), Ta- Tala (ritmo) e Natyam que significa teatro (com atuação, dança e música).

Foi aproximadamente na década de 30, no século XX, com o início do movimento de libertação da Índia, que alguns artistas se uniram para revitalizar esta forma de dança que em sua origem tinha o nome de Sadir ou Dasi Attam.

O Bharathanatyam, assim como os outros estilos de danças clássicas indianas, sofreu alterações desde seu início, mas sua essência ainda é mantida. Apesar de sua antigüidade, a dança ainda se conserva fresca e fascinante em sua riqueza de movimentos, encanto estético e variedade de expressões.

O ensino da dança segue as tradições antigas, sendo passado de Guru a Discípulos oralmente. O aprendizado é lento e gradual, exigindo anos de prática, dedicação e persistência.

A principal postura desta dança exige que a parte superior do corpo esteja ereta, as pernas flexionadas com os calcanhares quase unidos, os joelhos abertos apontando para as laterais, os pés também abertos voltados para fora. Os braços alongados e sustentados na altura dos ombros, esta postura é chamada de Ardhamandalam ou Aramandi.

Cada parte do corpo tem um movimento distinto, buscando sempre a simetria e formando triângulos com os braços e pernas. A intenção do corpo é sempre estar cada vez mais próximo do chão, da terra, se aproximando cada vez mais de Deus que, segundo o Hinduísmo, está na terra e não no céu.

A unidade básica da dança é chamada de Adavu, que quer dizer “combinação” Os Adavus são divididos em grupos e velocidades, partindo dos mais simples e lentos até os mais complexos e rápidos. Várias combinações de adavus formam as coreografias.

O Bharathanatyam é composto de Nritta e Nrittya. Nritta é a dança pura ou abstrata que não possui significado, tem um caráter puramente decorativo e com ênfase nos movimentos baseados no ritmo e na música, sem nenhuma intenção de demonstrar qualquer emoção. Já Nrittya é a dança expressiva, formada através de abhinaya (expressões faciais que denotam sentimentos e emoções) e hastas (mudrás, símbolos ou gestos das mãos) que conta estórias da mitologia hindu através dos movimentos.

As principais expressões do rosto (abhinaya) são chamadas de Nava Rasas e compostas por: Sringaram (amor), Veeram (heroísmo), Karuna (tristeza ou compaixão), Adbhuta (maravilhamento), Raudram (ira), Hasya (humor ou comédia), Bhayanaka (medo ou pavor), Bibhatsa (nojo) e Shanta (paz). E os gestos das mãos (hastas ou mudrás) são divididos em Asamyukta Hastas (simples) e Samyukta Hastas (compostos).

Em geral, o recital de Bharathanatyam é composto pelos seguintes itens: Pushpanjali, Alarippu, Jatiswaram, Shabdam, Kautwan, Varnam, Padam, Javali, Tillana e Mangalam. O estilo de música que acompanha o recital é o estilo clássico Carnático, em geral nas línguas Tamil, Kannada, Telugu ou Sânscrito.

Os instrumentos usados para acompanhar o vocal são: a flauta ou o violino, a veena e a tambura. Como percussão para o ritmo dos pés, o mrdungam e o nattuvangan. O bailarino usa o guizo nos tornozelos para acompanhar a tala (o ritmo da música).

As roupas de dança são confeccionadas com saris de seda coloridos, os cabelos adornados com flores brancas e laranja. Os bailarinos usam ricos ornamentos na cabeça, pescoço e braços. Pintam os pés e mãos com tinta vermelha para realçar os movimentos e delineiam os olhos com lápis preto para dar destaque.

Geralmente, é montado um pequeno altar (Puja) no local da dança para reverenciar Deus, pedir proteção e bênçãos para uma boa apresentação. Sempre se dança descalço e antes de começar a apresentação, o bailarino pede permissão (Namaskaram) aos Deuses e ao Guru, à platéia e à Terra, reverenciando, agradecendo e pedindo bênçãos.

“Com a dança indiana, a pessoa aprende a ser consciente não só do seu corpo, mas do meio em que vive, do que pensa, de como age. Automaticamente passa a melhorar o modo de viver. A prática também é um ‘belo treino’ para a mente. Quando a pessoa dança, é obrigada a ocupar totalmente sua mente. Assim, tem de estar absolutamente presente naquele momento. Caso não esteja com a mente presente no pé, na panturrilha, na coxa, no ritmo, na história que conta, na divindade que representa, não dança porque tudo é muito rápido” Patrícia Romano

Autora: Fernanda Desai- Assistente da Natyalaya em Curitiba, Bailarina do Grupo Natyadharma e Discípula de Patrícia Romano- Diretora da Natyalaya Escola de Danças Clássicas Indianas SP.

Websites: www.freewebs.com/natyadharma

www.natyalaya.4t.com

Om Shanti

22 março 2007

RESPOSTAS


Nâmaskar


O verão se aproxima e com ele a terrível falta de energia elétrica. Os “apagões” já começaram por aqui e portanto corremos o risco de termos postagens tardias ou de simplesmente não termos nenhuma postagem devido a falta de energia elétrica. Quando você abrir o blog e não vir matéria nova postada, já sabe – A Sandra tá no escuro!!!


E vamos as respostas...


Priscila: Não fique revoltada amiga, aqui na Índia 99% (sem exagero) dos casamentos são arranjados.


Antigamente você só via a cara do dito cujo ou da dita cuja no dia do casamento!! Agora pelo menos você tem a chance de ver por foto ou até mesmo pessoalmente 1 mês antes do casamento, isso para as famílias mais modernas, claro! É normal.


Lana: Não é preciso coragem para usar sari, é preciso destreza pois é muito inconfortável apesar de lindos. Eu não me adaptei a eles. Ainda prefiro roupas com costuras, botões etc.


Elci: Sim, o conceito de prisão perpétua aqui é de 30 anos de cadeia. Isso é o máximo que alguém fica em cana. Coisas da Incredible Índia!


Jansen: Eu querendo ser “compartilhada” com um desses atores indianos gostosões e meu marido nada de me compartilhar Hahahahahaha.


O compartilhamento se dá somente entre irmãos, primos, tio etc. Se for para homem de fora da família então é aluguel de esposa, o cara tem que pagar pelo “serviço”. A Índia é Incredible ou não é????


Júlio: Agradeço MUITO pelo link da propaganda da Coca Cola com arrotos. VALEU!!!


http://www.youtube.com/watch?v=f6S4M-Sky7A


Valmir: Sim, amigo, fui à Parati e gostei pois é um lugar muito tranqüilo e histórico, como sou rata de museu me senti dentro de um museu cercada por história!!! Não deixe de fazer um passeio de escuna se você for para Parati e cuidado ao andar pelas ruas históricas pois as pedras são escorregadias e você pode torcer o tornozelo. Leve dinheiro para gastar nos diversos bares e restaurantes, um mais aconchegante que o outro. Muito bom, vale a pena!!


Luizão: Obrigada pelo apoio em relação ao blog, fico muito feliz em saber que você gosta do Indiagestão pois assim sinto que meu trabalho não é em vão.


Liliana: Nossa nem tenho palavras para te agradecer a quantidade de artigos que me manda e sua colaboração ao blog. Você faz com que o blog torne-se realidade.


André: Já que você gostou da reportagem sobre o milionário indiano Ratan Tata, sugiro que você leia a postagem de amanhã sobre Zaratrusta o fundador do Zoroastrismo, pois o Ratan Tata é seguidor dos ensinamentos de Zeroastro.


Todos que leram o G1: Aqui vai uma oração especial a todos que leram minhas postagens no blog da Globo no Dia da Mulher. Muitíssimo agradecida por sua participação. Que Deus os abençoe hoje e sempre!


Tigu: Fiquei comovida com o carinho de vocês em relação ao aniversário do Tigu, MUITO obrigada mesmo! Você sabe que eu não pude ter filhos e que Tiguzinho é um filho para mim, tanto que o chamo de “meu filho felino”. Sei bem que ele é um gatinho sem raça, simples, mas quando olho para ele só consigo vê-lo como o gato mais lindo do mundo!!!


OM Shanti

13 março 2007

A Trajetória de Vida da Mulher na Índia - Parte IV


Nâmaskar

Aqui profissão de homem é passar e costurar roupa enquanto mulher tem que trabalhar na construção civil carregando, pedra, areia, cimento, concreto e tijolo o dia inteiro na cabeça. Só recentemente, nos últimos cinco anos, com a entrada de empresas estrangeiras no país é que as mulheres estão tendo oportunidade de emprego. Viva a globalização e as multinacionais! Graças a estas empresas o mercado de trabalho vem se abrindo para as mulheres jovens e elas tem aproveitado estas oportunidades de braços abertos.

Algumas estão até se aventurando a aprender a dirigir! Sonham em ter um carro algum dia... quem sabe... ainda é raríssimo, mas já se vê pelo menos uns dois ou três carros por dia sendo dirigido por jovem mulheres. Este fato me faz sentir de volta aos anos 70 aí no Brasil.

A verdade é que com a entrada de empresas estrangeiras no país e com a globalização, os indianos estão sendo obrigados a trabalhar, negociar e conviver no âmbito profissional com as mulheres quer queiram eles, quer não.

Ainda é muito difícil para os indianos ter que engolir ordens de uma mulher e eles ainda não aprenderam a respeita-las, mas elas não desistem e vieram para ficar. Mais cedo ou mais tarde eles terão de se acostumar. Não é fácil pois desde de criança estudam em escolas separadas e não aprenderam a conviver com as meninas, mas também não é impossível.

Finalmente a Índia está descobrindo que a mulher não é somente uma fábrica de fazer filhos e que pode ser uma boa consumidora. Sendo assim, começamos a encontrar no mercado indiano produtos de beleza até recentemente inexistentes por aqui. E pasme, já tem até absorvente interno, coisa que não tinha em 1999 quando vim pra cá!

Entretanto, durante o inverno, em Delhi quando a temperatura chega a cair para zero graus, há somente três abrigos noturnos para mulheres moradoras de rua com capacidade total para atender 90 mulheres, enquanto há 8 mil mulheres sem teto na capital. Sim, tem muito mais abrigos para homens. Na Índia tem tudo muito mais para homens do que para mulheres e pelo visto esta situação permanecerá assim por muitas dezenas de anos.

Só homem merece destaque e atenção da mídia, mulher só está na mídia pelos motivos errados, ou que fazem parecer errado; veja por exemplo o caso da Sania Mirza, uma jovem tenista indiana tem sido perseguida por usar dentro das quadras uniforme que segundo seus críticos é muito curto e indecente. Ao invés de lhe darem apoio por ser uma desportista que trás medalhas e glória para o país, ficam se preocupando com o tamanho do uniforme que ela usa. Mirza é muçulmana e se dependesse de certas pessoas, todos homens claro, ela teria de jogar usando burqa!!

Aqui mulher não usa shorts, bermuda, maiô, biquíni, regata, decote, saia, transparência e nem blusas sem mangas. Cabelo tem que ser preso o tempo todo e haja energia para se enrolar em 6 metros de tecido a que os indianos chamam de sari, uma “roupa” sem costura, botões, zíper, velcro, fecho, nada, só um longo pedaço de pano; extremamente inconfortável, sem praticidade alguma tendo a seu favor somente as cores fortes e vibrantes.
É com o sari enrolado ao corpo que as mulheres tem pegar ônibus e trens lotados, carregar água na cabeça pois aqui na Índia a escassez deste precioso líquido é gritante principalmente durante o verão. Juntamente com a falta de água sofremos muito aqui também com a crescente falta de energia elétrica, com o aumento dos casos de HIV, com a desnutrição feminina e com as doenças tropicais e lepra que estão a espreita por toda parte inclusive nas cidades.

Não, não é fácil ser mulher, mas na Índia é ainda pior!

Om Shanti

Incredible India! (slogan do governo indiano)


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05 agosto 2006

Brasileiras na India


Nâmaskar

A Vange me escreveu perguntando sobre as brasileiras que moram aqui.

Eu não posso ficar falando da vida pessoal de cada uma por uma questão de ética e privacidade, mas posso dizer que 90% delas NãO são felizes aqui na Índia, elas reclamam MUITO.

Na verdade são todas estressadas. Eu por exemplo, detesto quando os leprosos vem pedir dinheiro e ficam tocando no meu braço.

Duas brasileiras em cidades diferentes e em ocasiões diferentes deram 10 Rúpias à uma criança que veio que pedir dinheiro e na mesma hora a criança jogou o dinheiro de volta, pois 10 Rúpias é muito pouco!

Estrangeiro tem que dar no mínimo 100 Rúpias pro mendigo ficar feliz, se não quiser ser considerado mão-de-vaca (muquirana). Acontece porém que não somos turistas, moramos aqui e infelizmente ganhamos em Rúpia e não em dólar. Agora vai explicar isso para todos os mendigos que cruzam seu caminho diariamente!
Eles não querem saber, na cabeça deles você sendo estrangeiro automaticamente você é rico e portanto tem OBRIGAÇÃO de dar-lhes dinheiro!!!! É assim que funciona na Incredible India.

Do que mais as brasileiras reclamam aqui é da total falta de noções básicas de limpeza e higiene. Este parece ser o fator de maior causa de irritação para todas.

O trânsito caótico e o volume e quantidade de buzinas vem em segundo lugar juntamente com o clima extremamente quente e úmido.

Todas reclamam dos arrotos e peidos que são lançados como mísseis a toda hora por todos os indianos (homem, mulheres e crianças); e do mau cheiro que impera triunfante por todo o país, pois as vacas cagam pelas ruas e os homens mijam em postes e paredes juntamente com os cães. Por isso que incenso indiano tem o cheiro forte, é como perfume francês!!! rsss

E reclamar da sogra é algo básico no mundo todo não é mesmo? ;-)

Ver as vacas comendo lixo nas ruas é outra coisa que desagrada as brasileiras que aqui vivem.

Peidos eu não gosto não, mas arrotos, gente comendo só com a mão, falta de papel higiênico, toilet indiano de chão, poluição, sujeira, buzinas, trânsito, indiano mijando na rua, vacas comendo lixo, já me acostumei. Não me importo, e sou agora a rainha da sujeira e bagunça! :)

O que me irrita mesmo é a falta de energia elétrica, a falta dos alimentos que eu gosto e estava acostumada a comer há 36 anos, o fato de colocarem MUITA pimenta na comida, as diarréias constantes minhas e dos meus gatos, os mendigos me perseguindo na rua e o fato dos indianos te tratarem como um retardado mental e quererem levar vantagem em tudo, sempre, o tempo todo. Me choca o capitalismo exacerbado que impera aqui, onde o que fala alto é o dinheiro e onde ética e moral são totalmente desconhecidas e ignoradas. Pra mim isto é muito triste.

As brasileiras gostam dos monumentos históricos, dos saris todos bordados a mão com pedras e lantejoulas, do colorido das roupas, chapati, dal sem pimenta, doces, música indiana, filmes indianos, jóias, andar sem medo de assaltos pelas ruas, etc.

No geral as brasileiras e portuguesas que estão aqui é porque vieram a trabalho ou a estudo ou então porque se casaram com indiano. Não conheço brasileiros que fiquem aqui por longo tempo a menos que estejam casadas ou trabalhando; embora algumas venham só para acompanhar o marido que foi transferido de outros países para cá. Uma coisa é certa, se o seu casamento sobreviver sua estada na Índia, você não se separa nunca mais!

Mayana Barberino, que morava aqui em Delhi e foi casada com um indiano, abriu uma comunidade no Orkut para expressar seu desprazer com sua sogra indiana. A comunidade chama-se Minha sogra e uma Drama Queen segue abaixo, a descrição da comunidade :

Minha sogra e uma Drama Queen
Se sua sogra em uma Drama Queen, se faz aquele teatro para atrapalhar a sua paz com seu marido e claro! E ainda se faz de doente para ser visitada, seu lugar e aqui.
Abaixo hipocresia de sogras inuteis que se acham as coitadas do mundo!
Mostre sua indignacao e pode postar tudo que essa megera fez para interferir na sua felicidade!
Vamos assim saber todas as manhas e truques dessas vacas e seremos mais fortes contra esse joguete insano!
A minha sogra e uma DRAMA QUEEN...
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=10790705


Incredible India!

OM Shanti

13 abril 2006

Badulaques Femininos


Namaskar,

Sou como as chuvas de monções, tardo mas não falho. A Carla havia me pedido em janeiro deste ano uma postagem sobre adornos femininos indianos, ou em bom português, os badulaques que a mulherada indiana usa, então aqui vai ...

Não dá pra falar que a mulher indiana se enfeita como árvore de Natal porque aqui eles não são cristãos e não conhecem essa tradição de árvore de natal. Aqui elas se enfeitam mesmo como maharanis (feminino de maharaja). A filosofia geral é “quanto mais melhor” e “com mais brilho melhor ainda”!!! Este conceito de que brilho é só para a noite é coisa de ocidental.

Pés: Elas passam uma tinta vermelha nos pés chamada Laca que serve pra disfarçar os rachos nos calcanhares devido ao hábito de andarem descalças dentro de casa.

O anel no dedo do pé é privilegio somente da mulheres casadas, solteira não pode. No geral são de prata. Quando o marido morre não se pode mais usar. Aliás quando morre o dito cujo não se pode mais usar nada :(

Tornozeleira é tradição, todas tem e todas usam. As com guizos (sininhos) que fazem barulho são as mais pop. Coloca-se uma em cada tornozelo, aqui não tem este lance de por numa perna só não, tem que por nas duas! Também são no geral de prata. O problema é quando agente levanta de noite pra fazer xixi, é aquele barulho de chocalho e acorda todo muito. Quando se está fazendo outras coisas então nem me diga, é aquela chacoalhação toda rsssssssss me refira a dançar por exemplo; eita cabeça poluída a tua! Rssssssssss ;)

Os saris e as roupas tem que ser bem coloridas e de preferência com muito brilho (espelhinhos). Quando fui à Jaipur comprei um salwar suit com espelhinhos e guizos rssssss já pra detonar a boca do balão de vez!!!!! Aqui usar brilho não é só pra noite não, usa-se brilho a qualquer hora em qualquer lugar.

Agora elas começaram a usar calcinha e sutiã mas até 6 anos atrás quando aqui cheguei a xana era criada solta, rsssss. As que usam sari ainda hoje em dia criam a xana solta rssssssss

Colares e/ou gargantilhas em geral acompanham os brincos (conjunto). E por falar em brinco o pessoal aqui é punk, tem vários furos nas orelhas, eu com meus 2 furinhos em cada orelha sou “pobre”.

E já que o assunto é furo, aqui é a terra dos pircings de nariz. Foi aqui há muitos anos atrás que o lance de furar o nariz começou. Quase todas tem o nariz furado. Antigamente furava-se a membrana central, no meio do nariz e se colocava um pircing de argola; hoje em dia o furo fica do lado ESQUERDO do nariz e só o povo diferente lá do sul da Índia é que fura o lado direito. O legal mesmo é a mulherada do Rajastão que furam os dois lados!! O negócio é ter o nariz furado.

Bindi é aquele enfeitinho que se põem na testa entre as sobrancelhas, isto é normal todas usam.

Sindoor é aquele pó vermelho que se põem na testa também próximo ao cabelo e/ou na divisa do cabelo. Este pó vermelho só pode ser usado pelas mulheres casadas e faz parte do ritual de casamento hindu. Durante o ritual o marido põem o pó pela primeira vez na testa da mulher e isto significa que a partir daquele momento em diante eles estão casados. A mulher usará o pó vermelho até sua morte ou até ficar viuva.

As indianas ainda tem uns enfeites de cabeça (não é chifre não rssss) cujos nomes não me recordo no momento mas vou explicar.

Um é uma correntinha que se coloca no cabelo, no meio da cabeça e que acaba na testa. O outro é uma correntinha que vai do piercing do nariz até o brinco. E tem também os brincos com correntinhas pra prender no cabelo.

E naturalmente além de anéis para as mãos temos o famoso MEHENDI, ou seja, tatuagem temporária de hena. Elas adoram cobrir as mãos todas e antebraços com essas tatuagens e faz parte de qualquer festa importante como casamento etc. Só ao invés de tatuagens de dragão e tigre como tem ai no ocidente, as tatuagens lembram rendas, delicados bordados.

Pulseiras e braceletes nunca caem da moda por aqui, e mais uma vez, quanto mais melhor, nos dois braços, lógico!!

E aí ficou com vontade de se enfeitar a la indiana????

Incredible India!

OM Shanti

10 março 2006

Relato da Roberta - Continuação


10/03/2006

Nâmaskar

Segue mais um relato da Roberta ...

Nossa, tantas coisas pra contar... tantas, tantas emoções.... a começar por presenciar um casamento hindu, com todos os seus rituais e sacramentos, vestindo um sari belíssimo...passando por planejar uma viagem de quinze dias, que começa na sexta-feira próxima e inclui hospedagem em palácios de maharajas que foram transformados em hotéis e safaris noturnos de camelos em pleno deserto do Rajastão.... perpassando por momentos de crise, em que me sinto o ser mais desprovido de cérebro da historia, ou melhor, por sentir que tenho me comportado como uma criança já que meu cérebro esta reconstruindo meu novo espaço como fez quando eu era pequena - reconhecendo as regras de um novo mundo, em uma língua ainda estranha......sem esquecer do documentário para o qual acabei de gravar o áudio - sim, em inglês... escrevi e falei (dei antes pra minha amiga irlandesa corrigir, claro. mas já foi um progresso). e por ultimo e mais importante, o terremoto de ontem a noite. Caralho, caralho, caralho!!! o que que foi aquilo gente?!?!?!

Estava sentada na minha cama passando as fotografias do meu cd para olap top da pushpaben, que deve ter sido comprado nos anos 20. Como a maquina fazia muito esforço pra ler o bendito cd, eu estava sentindo a vibração da rotação enquanto apoiava minha mão na cama... mas, de repente, a vibração foi ficando bigger and bigger e aquela sensação de "what the fuck???" começou a bater.... nem mesmo centenas daquele computador seriam capazes de fazer a cama tremer daquele tanto.... foi quando me lembrei que o estado onde estou, Gujarat, e famoso pelos terremotos.. corri pra debaixo da porta e gritei "Dipooba!earthquake!!!" na tentativa de acorda-la. A infeliz me sai na maior tranqüilidade, vestindo o dupata como se estivesse saindo pra jantar e diz pra gente ir pra fora... moramos no primeiro andar, então antes que ela terminasse a frase eu já estava no meio da rua, de-ses-pe-ra-da, descalça, vestindo minha calca jeans e a blusa do meu pijama brasileiro, o que significa que eu estava semi-nua dentro dos conceitos indianos, já que a alça do meu sutiã estava aparecendo...mas e dai, caralho, era um terremoto... se eu tivesse tomando banho ia sair pelada na mesma velocidade... hj as pessoas me disseram que foram 10 segundos de tremor. sinceramente, só consegui sentir firmeza de novo 20 minutos depois, quando minhas pernas pararam de tremer... 15 min depois, volto pra casa pra tentar ter noticias dos meus amigos... estava impossível, network busy all the time, mas o RO pode sentir que eu precisava falar com ele e apesar de não costumar me ligar nesse horário (era meia-noite e pouco aqui) ele decidiu sair do escritório e voltar pra casa dele pra me ligar... ainda bem, pude dizer que estava bem antes de qq noticia de terremoto atingir os ventos brasileiros.... qdo consegui falar com meus amigos daqui, a marielle me avisa que existe "after shock", uma resposta para o primeiro tremor, como se um só não fosse suficiente! ate ontem, after shock era uma bebida vermelha, com gosto de pasta de dente e canela que eu costumava beber qdo eu tinha 14 anos... não queria ter descoberto o real significado dessa forma... mas, ok. vivendo, aprendendo e sobrevivendo. como na casa da marielle tem TV, ela me contou que o terremoto foi de 4.5 na escala R. e atingiu 3 estados (Gujarat, Rajastão e uttah padresh –onde esta Delhi). ai que foi mais difícil de dormir ainda.,..

Bom, falando de coisas boa, voltemos para a minha viagem. Vou passear por Udaipur, Jaisalmer (a do safari/deserto/palácio), Delhi (onde vou encontrar minha amiga Sandra), Jaipur (a cidade onde todas as casas são caiadas de rosa), Agra (Taj Mahal), Amisvar (onde vou me juntar ao grupo "friends without borders", que fazem um trabalho de reconciliação entre índia e Paquistão), Kuctth (uma vila no meio do deserto) e de volta a ahmedabad . Mais dois dias aqui, sigo pra bombay. mais dois dias lá e vôo pra Londres no dia 31 de marco, as 2:30 da matina... ufa, vai ser fantástico. mas acho que o próximo e-mail só chega a vcs qdo mudar de continente...

Qdo vcs sentirem falta de minhas noticias, entrem no blog indiagestao, minha amiga de Delhi. ela e brasileira e escreve em português todas as situações adversas que os ocidentais tem de passar por aqui. o endereço e http://www.indiagestao.blogspot.in/ Amo vcs e todos os dias morro um pouco de saudades!
PS: To chegando em Delhi no dia 15 e fico até o dia 16. Te ligo essa semana.

19 dezembro 2005

Como se Enrolar em um Sari


Observe as fotos e aprenda a se enrolar em um sari.

Tente e divirta-se!

Se não tiver sari basta comprar 6 metros de tecido por 1,20 m de largura.

Om Shanti

18 dezembro 2005

Roupas Indianas


Nâmaskar

A roupa indiana feminina mais conhecida no ocidente é o SARI.

O sari é um longo tecido com 6 metros de comprimento por 1.5 de largura. Há uns saris mais curtos, com 5 metros de comprimento ou 5.5 mas a largura no geral é a mesma e tem uma variação de até uns 5 centímetros pra mais, ou seja, até 1.55 de largura.

O sari na verdade não é uma vestimenta, pois não se veste ele; ele é simplesmente um tecido enrolado no corpo, SEM costuras, botões, zíper, colchete, velcro etc.

Nunca me esqueço quando uma amiga brasileira me pediu para levar pra ela um sari tamanho grande! :)

Acompanhando o sari há uma pequena blusa colada ao corpo que cobre mesmo só os seios mas a barriga fica exposta. Na parte inferior, por baixo do sari, há um longo saiote que vai até o chão.

Já ouvi da boca de 2 brasileiras que vivem aqui como acham horroroso as mulheres mostrando suas gordas barrigas com até 3 camadas de pneus. Essa é a famosa diferença cultural, elas acham indecentes nós usarmos calça jeans e camiseta e muitas de nós acham indecente elas exporem as flácidas e gordas barrigas sem a menor vergonha.

O sari é feito de diversos tipos de tecido sendo o mais comum o algodão. Eles podem ser bordados, pintados a mão, impressos, com lantejoulas etc. Tudo depende da criatividade do artesão e do bolso do comprador. Mas uma verdade tem que ser dita, que tecido de sari indiano é tudo de bom, REALMENTE é !!!! Quem vem pra cá fica babando na sofisticação e riqueza de detalhes dos tecidos e bordados indianos. Eles são MARAVILHOSOS!!!!!!!!!!

As pessoas sofisticadas preferem os saris feitos no tear manual pois não se encontra 2 saris iguais e assim sendo, ficam com um sari exclusivo.

O sari possui um fascínio e um encanto difícil de descrever e é considerado muito sensual pelos homens indianos que adoram ver suas mulheres enroladas nessa misteriosa e sedutora vestimenta, ainda mais sabendo que por baixo do saiote não há mais nada! Isso mesmo, NADA de calcinha; a perereca eh criada solta ;)

Países vizinhos como o Nepal, Sri Lanka, Bangladesh e Butão que outrora faziam parte da Índia, ainda preservam a vestimenta tradicional indiana – sari - em seus próprios territórios.

Os homens idosos ainda usam dhoti e punjabi.

Dhoti é um longo tecido enrolado a cintura e por entre as pernas parecendo uma fralda gigante, também sem costuras, botões etc. Se você assistir ao filme Gandhi, você vai observar na parte final do filme que Gandhi não só usava dhoti, como também os fazia ele mesmo! Preste atenção e veja no filme ele enrolando o fio para fazer o tecido do dhoti em um instrumento de madeira. Assim como no caso do sari, não se usa NADA por baixo do dhoti, e o bicho é criado solto ;)

Punjabi é uma espécie de kurta longo com mangas longas.

Incredible India!

Om Shanti

17 outubro 2005

Metrô de Delhi


Nâmaskar

Ontem, domingo, fui fazer um programa alternativo. Fui juntamente com meu esposo e minha sogra, conhecer o metrô de Delhi.

Ao entrar na estação CP a primeira coisa que notei foi um leve cheiro de cimento no ar.

As tarifas são diferenciadas, ou seja, dependendo até onde você vai, paga-se um preço diferente. A passagem mais barata é de 6 rúpias e a mais cara é de 14 rúpias. Nós compramos passagens de 10 rúpias cada.

O mais interessante é que a passagem não é de papel com faixa magnética como no metro de São Paulo, mas sim uma fichinha de plástico como uma moeda.

Antes de se chegar ao bloqueio (catraca), há que se passar por um detector de metal e depois por uma rápida revista. Desconfortos de um país já acostumado ao terrorismo.

Passada a revista pessoal, é chegada a hora de passar pelo bloqueio eletrônico. Basta encostar a fichinha plástica (que contem um chip) no local apropriado no painel, que as portinhas se abrem e você finalmente passa.

O metrô de Delhi possui no momento 3 linhas (azul, vermelha e amarela).

Nós fomos conhecer primeiro a linha amarela que é toda subterrânea. São 11 km com 10 estações. Depois fomos conhecer um trecho da linha vermelha (22 km com 18 estações) e é elevada. A linha azul decidimos não visitar pois já estava se tornando cansativo (32 km com 31 estações).

O metrô aqui funciona das 6h00 às 22h00 todos os dias e o tempo médio de intervalo entre os trens é de 5 minutos em horário de pico e de 15 minutos nas horas de menor movimento.

Os vagões são mais largos do que os de São Paulo. Há uma barra central para as pessoas se segurarem onde encontramos alças como nos trens.

A característica mais interessante, sem dúvida alguma, é o fato dos vagões NÃO possuírem separações entre si. É como um longo trem sem divisões. Eu estava no último vagão e podia ver lá longe, ao fundo, as pessoas no primeiro vagão!!! Quando há uma curva, você pode ver o trem todo se curvando pra lá e pra cá como se fosse uma cobra! Adorei!!!!

Dentro do vagão há 3 tipos de placas informando as estações, uma fixa em inglês, uma fixa em hindi e uma eletrônica em ambas as línguas. O aviso sonoro também é feito em hindi e inglês.

A eletrecidade não é provida por baixo como no metrô de SP mas sim por cima.

As mulheres indianas usam sari (6 longos metros de tecido enrolado ao corpo sem costuras, ziper ou botão) que vai até os pés. Esse monte de pano aliado a falta de prática, torna o acesso as escadas rolantes um verdadeiro dilema e batalha! Elas riem, tem medo, suam frio, ficam sapateando pra lá e pra cá sem coragem de pisar nos degraus da escada. Empatam os que querem subir e por fim, vão agarradíssimas ao corrimão, como se fosse a própria vida. Ninguém se oferece para ajudá-las pois escada rolante é novidade para todos, inclusive para os homens. Descer da escada rolante é outra aventura, mas muito mais tranquila do que subir ‘no troço em movimento’. O gostoso é ver ao final, todos rindo e felizes por terem conquistado a "fera" rolante e terem dado mais um passo a modernidade, que aos poucos vai se instalando na nossa amada Índia de mais de 5 mil anos!!!!!!!

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Incredible India!

Om Shanti