01 julho 2008

Indiana pega 11 anos por escravizar domésticas em NY


Namaskar

Um juiz de um tribunal federal americano condenou uma indiana naturalizada americana a 11 anos de prisão por sujeitar duas domésticas indonésias a trabalhos forçados e a servidão em sua casa.

O caso aconteceu em Muttontown, uma pequena cidade de 3,5 mil habitantes de maioria branca no sudeste do Estado de Nova York.

A sentença foi lida pelo juiz após um júri de 12 pessoas decidir por unanimidade pela condenação de Varsha Sabhnani, de 46 anos, pelos crimes de trabalho forçado, escravidão, tráfico de pessoas, servidão documentada e conspiração.

O marido Mahender Murlidhar Sabhnani, 51, aguarda sentença, que deve sair nesta sexta-feira.

Donos de uma distribuidora e uma lucrativa fábrica de perfumes internacional, o casal foi preso em maio de 2007, depois de uma investigação policial em parceria com o Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE, na sigla em inglês).

Armário no porão

A investigação começou quando uma das vítimas foi encontrada vestindo trapos e com ferimentos atrás da orelha em uma lanchonete na cidade de Syosset, Nova York.

A polícia encontrou a segunda vítima escondida num armário no porão na residência de Muttontown.

Em um julgamento de oito semanas, o júri ouviu o testemunho das vítimas, que não falam inglês.

Elas foram trazidas da Indonésia aos Estados Unidos para trabalhar como domésticas e tiveram seus passaportes e documentos confiscados pelo casal.

Surras e facadas

Elas chegavam a trabalhar até 20 horas por dia, enfrentando surras, facadas, queimaduras, privação de alimento, sono ou contato com familiares.

"O tráfico humano é um problema mundial que infringe os direitos básicos e a dignidade humana", disse o promotor Benton J. Campbell, em carta divulgada pela imprensa.

"O tráfico de seres humanos é um crime inescrupuloso que usa a promessa americana para atrair indivíduos e forçá-los à servidão. Esses atos expõem as vítimas a terríveis maltrato físicos, mentais e até sexuais", diz Julie L. Myers, secretária do Departamento de Segurança Nacional do ICE.

Em entrevista pelo telefone para a BBC Brasil, o porta-voz da promotoria Robert Nardoza não quis comentar se as vítimas serão deportadas.


Fonte: BBC Brasil

INCREDIBLE INDIANS!

OM SHANTI