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07 agosto 2008

Pune: HIV & Prostituicao



Namaskar

A cidade de Pune (antiga Poona) fica no estado do Maharasthra proxima a Mumbai.

Como Mumbai eh a cidade mais populosa da India, as pessoas e empresas tem ido para Pune, assim a populacao de Pune tem aumentado muito e ate eu ja recebi diversas ofertas de emprego la.

Ha diversas brasileiras trabalhando, estudando e morando em Pune e hoje temos a participacao de uma delas, a Angela, que tirou estas fotos e enviou para o Indiagestao.

Os indices de contaminacao pelo HIV eh gigantesco aqui na India e mesmo assim poucas sao as campanhas pelo uso da camisinha (camisa de venus ou preservativo). Portanto quero que voce entenda como sao raras estas duas fotos que a Angela nos enviou.

Na verdade fiquei muito feliz em saber que pelo menos em Pune esta tendo uma campanha publica sobre a AIDS, eh pouco, irrisorio, mas ja eh um comeco!

Segue abaixo uma foto da rua da prostituicao de Pune. Observe o canto inferior esquerdo, voce pode ver 2 prostitutas no chao e uma esta catando piolhos na cabeca da outra. Clique na foto para amplia-la.



Prostitutas esperando clientes na zona de Pune.


Fotos: Angela Oliveira

Incredible India!

Om Shanti

25 junho 2007

Camisinha Vibradora


Nâmaskar

Conforme anunciei na sexta-feira passada, aqui está o artigo sobre a camisinha vibradora, que há 3 dias não sai da primeira página dos jornais indianos; enquanto isso, os Paquistaneses e Chineses vão fazendo e testando suas bombas e armamentos nucleares...

Camisinha-vibrador causa polêmica na Índia

Um preservativo vibratório iniciou uma grande polêmica na Índia: o produto deve ser considerado um "brinquedo sexual", o que é proibido no país, ou é apenas um método contraceptivo?

O novo preservativo causou escândalo no Estado indiano de Madhya Pradesh porque uma companhia do governo está envolvida na campanha de marketing do produto.

O pacote com três preservativos, da marca chamada Crezendo, contém um dispositivo em formato de anel que funciona com pilhas.

Segundo os críticos, este dispositivo é um vibrador e deveria ser proibido. Acessórios sexuais e pornografia não são permitidos na Índia. (Aqui não existe sex shop, revista pornô, nem mesmo Playboy, drive-in, motel etc.)

Lançamento discreto

O preservativo teve um lançamento discreto em todo o país há três meses. Na época, muitos críticos não notaram que o produto tinha o apoio do governo.

A mensagem promocional da companhia Hindustan Latex Limited descrevia o Crezendo como um produto que "fornece grande prazer ao produzir fortes vibrações".

A idéia causou revolta entre muitos dos conservadores na Índia, incluindo o ministro de Estradas e Energia de Madhya Pradesh, Kailash Vijayvargiya.

"Brinquedos sexuais são proibidos na Índia, e o dispositivo vibratório é nada mais do que um brinquedo sexual vendido como preservativo", disse.

"O trabalho do governo é promover o planejamento familiar e medidas de controle de população ao invés de promover produtos para prazer sexual", acrescentou.

A companhia Hindustan Latex afirma que o novo preservativo foi lançado para promover o uso de camisinhas e evitar a transmissão da Aids.

'Escolha'

"O produto foi lançado com o objetivo primário de cuidar da questão da queda no uso de preservativos", disse o porta-voz da companhia S Jayaraj à BBC. "Uma grande razão citada pelos usuários era a falta de prazer quando eles eram usados."

"Então, acrescentamos um anel vibratório para aumentar o prazer. Ajuda a manter o preservativo na posição além de produzir um efeito vibratório", acrescentou.

A Hindustan Latex rejeitou com veemência as alegações de que seu produto é um "brinquedo sexual", mas se ofereceu para retirar o produto de Madhya Pradesh se o governo do Estado pedir.

Conservadores hindus fizeram protestos pedindo que o governo proíba a venda, apesar de a maioria das pessoas nas ruas do Estado se recusar a comentar o assunto.

Já aqueles que concordam em discutir a polêmica questão demonstram apreciar o produto. "Está errado protestar contra a medida. É uma questão de escolha pessoal", diz Kunal Singh, morador de Bhopal, capital de Madhya Pradesh.

"Os fregueses querem algo novo, e este pacote oferece algo novo", afirma o dono de farmácia Ravi Bhannani.

Colaborou: Lana e Cris

O Ministro da União (governo federal) defendeu a camisinha vibradora enquanto um outro ministro de Madhya Pradesh disse que “o preservativo não deve causar prazer na parceira, mas sim, ser usado somente como método de controle de natalidade”.

Quem quer Crezendo??? Hehehehehehe ;)

Incredible India!

Om Shanti

09 maio 2007

Educação Sexual


Nâmaskar
Estado indiano recusa plano de educação sexual do Unicef

Com 5,7 milhões de soropositivos, Índia lidera lista de países de pessoas com Aids; grande parte da população desconhece o uso de métodos preventivos
Efe

O governo do Rajastão, no noroeste da Índia, se recusou a ministrar aulas de educação sexual nos colégios de ensino médio do estado, como prevê um programa governamental contra a aids financiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), segundo a edição desta quarta-feira, 25, do jornal The Hindu.
O governo do estado, liderado pelo principal partido da oposição na Índia, o direitista BJP, considera o plano de educação sexual "contraditório com a cultura e os valores indianos", de acordo com o jornal.
A ministra chefe do Rajastão, Vasundhara Raje, enviou uma carta ao ministro de Recursos Humanos, Arjun Singh, na qual informava a recusa em aplicar o programa porque, segundo ela, os adolescentes "não precisam deste tipo de educação".
A Índia lidera a lista de países com pessoas infectadas pela Aids, e uma grande parte da população não possui educação sexual e desconhece o uso de métodos preventivos.
A decisão do Estado indiano foi tomada após protestos de grupos fundamentalistas hindus contra o material gráfico explícito utilizado nestas aulas.
Além do Rajastão, as regiões de Madhya Pradesh e Kerala também rejeitaram a aplicação do programa contra o contágio da AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis após as queixas de fundamentalistas religiosos.
A Índia conta com uma população de mais de 1,1 bilhão de habitantes, dos quais 5,7 milhões contraíra o vírus da AIDS, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), embora o governo indiano estime que o número seja de 5,2 milhões de soropositivos.


Há 10 anos atras alguns países africanos eram os recordistas de pessoas infectadas pelo vírus HIV, atualmente, 2007, a Índia é o primeiro país do mundo a possuir o maior número de pessoas soropositivo.
Nem tenho vontade de comentar esta triste notícia que a Angela nos enviou; pois fico irritada com o cinismo do governo indiano que como sempre tenta tampar o sol com a peneira.
E os indianos ainda tem a cara de pau de falar que nós ocidentais somos promíscuos, sem moral, sem vergonhas etc. Só eles são os corretos, só as mulheres indianas são honradas, maridos indianos não traem as esposas......
Enquanto falam mau de nós ocidentais cristãos, eles vão se infectando, transmitindo e morrendo de AIDS. Triste. Muito triste!!!


Incredible India! (slogan do governo indiano)
Om Shanti e Ahimsa
Copyright - A reprodução é livre, desde que o autor, a fonte e o blog INDI(A)GESTÃO sejam devidamente citados e os links corretamente fornecidos.


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21 abril 2007

Gays marcham & Mijo de vaca purifica


Namastê
Gays indianos fazem marcha para derrubar lei de sodomia

Ativistas gays de vários estados indianos tomaram parte em uma marcha (veja foto) em Patna para exigir direitos.

“Estamos no século 21, e hoje gays e lésbicas têm direito de se mostrar e exigir direitos iguais. Somo também seres humanos que sofrem discriminação apenas por terem uma orientação sexual diferente da maioria”, disse um dos participantes ao jornal local.

A homossexualidade é punida na Índia, através de uma lei arcaica de 1861, quando colônia britânica, estabelecendo prisão de 10 anos a quem “cometer” ato homossexual.

FOTO: gays indianos protestando.

Neste link há diversas matérias relacionadas ao mundo GLS indiano.
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Crianças custam menos que búfalos na Índia, diz relatório

Reuters
Traficantes de seres humanos estão vendendo crianças na Índia por valores muito menores que o de animais e a maior parte delas acaba sendo explorada sexualmente ou atirada no mercado de trabalho. 'As crianças são compradas como se fossem búfalos', disse Bhuvan Ribhu, do grupo Bachpan Bachao Andolan (Movimento Salvem a Infância), citando um estudo que deve ser divulgado ainda neste ano.
'Enquanto os búfalos custam até 15 mil Rúpias (350 dólares), as crianças são vendidas por preços que vão de 500 a 2.000 Rúpias (12 a 45 dólares)', disse à Reuters.

Ribhu citou como exemplo o caso de dois irmãos de Bihar vendidos por 250 Rúpias (6 dólares) cada um por seus pais e levados para fora do estado com a conivência da polícia.
O grupo calcula que as crianças respondam por algo entre 40 e 50 por cento das vítimas do tráfico de seres humanos. Elas são vendidas para trabalharem como escravos sexuais, como empregados domésticos, como agricultores ou como funcionários de fábricas de carpete.

***
A indiana Lina Sinha, diretora de uma escola Montessori que fica em Manhattan, New York, e que pertence a seu pai Sr. Sinha, foi condenada a 14 anos de prisão por ter mantido um relacionamento sexual de anos com um aluno de 13 anos de idade.

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Depois que uma diretora dalit (a casta mais baixa que tem na Índia) foi transferida para uma outra escola, a nova diretora (de casta alta) ordenou que a escola e os alunos fossem purificados com urina de vaca. O fato ocorreu na cidade de Bhandara que fica no estado de Maharashtra.

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Só saíram 2 fotos nos jornais sobre o casamento de Abishek Bachchan com Aisshwarya Rai, e ambas as fotos são do noivo e não da noiva :(

Abishek seguiu a tradição e foi para o casamento montado em uma égua e com o rosto coberto por uma cortina de jasmim (flores).


Clique e assista

Campanha de prevenção a AIDS
O filme mostra alguém respondendo questões sobre seguro.
Seguro contra incêndio
Seguro contra roubo
Seguro contra HIV/AIDS

Incredible India! (slogan do governo indiano)
Om Shanti


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17 abril 2007

Indianos querem matar Richard Gere


Namastê

Isto confirma que os indianos preferem brigas, guerras e terrorismo a demonstrações de amor e carinho.

Indianos queimam imagens de Richard Gere após beijos em atriz

16/04 - 10:12 - Reuters

NOVA DÉLHI (Reuters) - Os repetidos beijos dados por Richard Gere no rosto da atriz de Bollywood Shilpa Shetty durante um evento para aumentar a conscientização do problema da Aids motivaram protestos na Índia na segunda-feira e manifestantes queimaram imagens do ator.

O astro de Hollywood uniu-se a Shilpa Shetty, vencedora do reality show 'Celebrity Big Brother' na Grã-Bretanha este ano, numa campanha em favor do sexo seguro voltada a caminhoneiros da Índia, o país que tem o maior número de soropositivos do mundo.

'Sem camisinha, nada de sexo', gritou Gere, 58 anos, em hindi a milhares de caminhoneiros que repetiam seu grito em uníssono numa empoeirada praça de exposições em Nova Délhi, na noite de domingo.

O público aplaudiu e assobiou quando Gere se aproximou de Shetty, visivelmente satisfeita, para beijar sua mão e lhe dar vários beijos no rosto.

Na segunda-feira, porém, grupos de homens aos gritos de 'abaixo Richard Gere' queimaram imagens do ator de Hollywood e chutaram as brasas remanescentes em manifestações em Kanpur, Meerut e Varanasi, no norte da Índia, e também em Indore, na região central do país.

Os manifestantes disseram que os beijos de Gere em Shilpa ferem a cultura indiana.

Alguns também queimaram cartazes de Shetty, gritando 'Morte a Shilpa Shetty', e dançaram entre as cinzas, conforme mostrou a televisão.

As cenas dos beijos de Gere foram mostradas repetidas vezes nos canais de jornalismo da TV, e espectadores comentavam os atos do ator de Hollywood.

O porta-voz de Shilpa Shetty disse que as redes de TV estão exagerando.

'Em vez de criar caso em torno dos beijos de Richard Gere, a mídia deveria concentrar-se na promoção da conscientização da Aids', disse Dale Bhagwagar.

As autoridades indianas vêm centrando suas atenções em grupos de alto risco, como os caminhoneiros, que ajudam a espalhar o vírus pelo país, na medida em que muitos deles têm relações sexuais com prostitutas durante suas viagens e contaminam suas esposas quando voltam para casa.

Organizado pelo grupo voluntário Projeto Heróis e a Fundação Corporação de Transportes da Índia, o show de conscientização da Aids também teve a participação do astro de Bollywood Sunny Deol, conhecido pelo papel de caminhoneiro honesto no filme 'Gadar' (Motim).


Esta é a Índia “pacifista e espiritualizada” que você tanto sonha em vir visitar. Aqui é permitido adulto casar com criança, demonstrar ódio e raiva, mas é proibido por lei demonstrar carinho e afeto. É proibido namorar, andar de mãos dadas, abraçar e beijar em lugares públicos. Se você fizer isso vai para a cadeia e apanha dos policiais. Mesmo que a pessoa em questão seja seu esposo!!!

Leia a reportagem Faça Guerra, Não Faça Amor! do dia 11 de janeiro de 2006 neste blog, para entender um pouco melhor esta questão de diferença cultural.

Incredible India! (slogan do governo indiano)

Om Shanti

12 setembro 2006

Stefânia Former - Depoimento



Nâmaskar = Namastê

Continuando a tradição de postar a opinião e relatos de outras pessoas sobre a Índia, hoje temos a experiência indiana vivida na pele pela querida Stefânia Former.

AIDNI

A tarefa mais difícil dos últimos seis meses e meio é simplificar a experiência que vivi na Índia. Não consigo ainda entender o que aconteceu, o porquê e como. Sobrevivi a cada chapati, paneer, dosa, lassi e pani puri e me apaixonei pelo país.
Quando em Setembro de 2005 decidi que minha vida estava chata demais para uma estudante e estava cansada de sentar em bancos universitários de corpo presente, mas sem motivação de estudar resolvi fazer algo a respeito disso e utilizar meu conhecimento teórico na prática, porém nem eu mesma imaginei que acabaria no outro lado do planeta.
Após ser selecionada pela AIESEC (http://www.aiesec.org/) encontrei um estágio na minha área de interesse acadêmico na Índia. Deixar minha vida confortável e segura e trancar a faculdade por um semestre para ir morar com uma família indiana desconhecida, ter regras familiares novamente e trabalhar com um assunto nada delicado em uma nação onde a palavra “sexo” ainda é um tabu, não foi surpresa para muitos, especialmente para minha família quando comuniquei tal desafio. Acredito que de todas as pessoas que me apoiaram não há como agradecer o apoio e o respeito completo da minha família pela minha “loucura” como muitos dizem.
Ainda lembro muitos me dizendo que “seis meses não é muito tempo para mudar conceitos e valores enraizados”, hoje aqui sentada tentando entender o que vivi, tenho cada vez mais certeza que foram as 28 semanas mais enriquecedoras, desafiadoras e, muitas vezes, insuportáveis da minha vida até agora.
Tive a felicidade de vivenciar a cultura e aprender a amar uma nação que, muitas vezes, não me deixou dormir. Aprendi a olhar além dos meus horizontes visíveis e amar um país que, muitos, odeiam devido à sujeira excessiva, a falta de higiene, a comida apimentada, como as mulheres são tratadas e como os homens olham as estrangeiras e o trânsito caótico. Odiar a Índia é muito mais fácil do que amar. Há muito a ser odiado, mas há tanto para se apaixonar se deixarmos nossos conceitos de “certo e errado”, “bom e ruim”, “ocidente e oriente”, “capitalismo e socialismo” de lado. Tudo na Índia é ao contrário. Amor pode ser ódio e na nação de Gandhi, o capitalismo surge à flor da pele nos jovens, ao mesmo tempo em que peregrinos ainda caminham em busca da verdade eterna. A contradição mora na Índia e, assim, aprendi a desenvolver a maior virtude humana: paciência. É na Índia que você pode escolher entre morrer de ataque cardíaco ou aprender que nem tudo está sob nosso controle.
Trabalhei seis meses para a ONG “Child Foundation of India” sob a responsabilidade do Dr. Kutikuppala Surya Rao em Visakhapatnam – Andhra Pradesh com um assunto nada delicado como HIV/AIDS numa nação que em 2006 tornou-se número 1 em maior quantidade de pessoas vivendo com HIV/AIDS no mundo, tendo agora 5.7 milhões pessoas infectadas pelo vírus. Índia assiste a uma geração morrer e, infelizmente, ainda quer acreditar nos valores tradicionais enraizados há milhares de anos como sexo somente após o casamento.
Quando a exaustão psicológica, a frustração lingüística e o trabalho que nunca terá um final me apavoraram, desistir nunca se tornou uma opção e muito menos deixei de sonhar. Meu trabalho foi consistente e desafiador. Vi o ser humano na sua real essência e aprendi que precisamos muito pouco para viver. Vivi cada segundo como se fosse o último e trabalhei cada dia como se fosse o final do mundo – afinal, estamos a caminho, se já não atingimos, de um caos social, onde o ser humano só tem olhos para si mesmo. No entanto, houve dias que nunca desejei estar em outro lugar a não ser na Índia.
O que faz essa nação ser o que é, basicamente é sua tradição, especialmente familiar, no entanto, em pleno século XXI conceitos que, até então, estavam sendo impostos como verdades absolutas estão começando a chocar-se com a contaminação absurda de HIV pelos jovens, por simples e mero fato: vergonha governamental de distribuir camisinhas e das pessoas de falar de sexo no país do Kama Sutra.
A divisão de gênero é clara e absoluta e, o casamento arranjado ainda persiste, o que mais me surpreende é que após conversar e vivenciar tal cultura, hoje não julgo mais tal ato. Muitos casamentos dão certo e, é basicamente complicado ter contato com o sexo oposto quando ambos os gêneros crescem, estudam em lugares diferentes. Aqui estou eu, tentando compreender algo que muitos, ocidentais abominam na Índia: confiar nos pais para um amor eterno. Talvez isso só demonstre dois fatos: A Índia me transformou em alguém insuportavelmente tolerante ou apenas surtei por completo.
Aprendi que respeitar os costumes de uma nação é respeitar, também, a si mesmo. Chorei por razões absurdas e suei muito embaixo ou não do sol de 45 graus e sorri, sorri mais do que qualquer outro momento na minha vida. A Índia ensinou-me a valorizar o ser humano.
A Índia pode ser o que você quiser que ela seja. Isso depende muito de quem e como está vivendo nela.
Aceitei o desafio e vivi cada segundo dele. Não sou uma pessoa melhor ou pior, mas sim diferente do que era antes de embarcar para a Índia e não vou negar que lágrimas correram dos meus olhos quando o avião levantou vôo de Mumbai para um outro mundo e prometi a mim mesma que volto o mais breve possível.
***
Leia também os relatos das seguintes pessoas no blog Indi(a)gestão:

08/02/2006 – Relato da Roberta
16/02/2006 - Relato da Roberta – Continuação
24/02/2006 – Relato da Roberta – Continuação
10/03/2006 – Relato da Roberta – Continuação
31/03/2006 – Relato da Roberta – FIM
06/04/2006 – Renato na Índia
17/04/2006 - Desabafo
19/04/2006 – Silvia e Ana, uma visão jornalística da Índia
29/04/2006 – Marcelo Panhoca – O Viajante
04/05/2006 – Depoimento da Karen
15/06/2006 – O Verão Indiano e a Paulinha Portuguesa
21/08/2006 – Agnes – Relato – Parte I
22/08/2006 – Agnes – Relato – Parte II
05/09/2006 – 10 Coisas que odeio sobre a Índia


OM Shanti

02 junho 2006

HIV


Nâmaskar

Terminou ontem a greve dos médicos residentes contra as reservas de cotas para alunos de casta baixa. O fim da grave “coincidiu” com a primeira tempestade de poeira deste ano (aqui em Delhi).

Você não sabia que Delhi tem tempestade de Poeira??? Nem eu, quando me mudei pra cá em 2003! Descobri do pior modo, comendo muita poira...

Em 2007 o governo indiano planeja colocar fotos de gente doente em pacotes de cigarro, assim como uma caveira com dois ossos cruzados como dos barcos piratas. O governo quer alertar os indianos de que fumar não faz bem à saúde.

Tomara mesmo que coincientize os indianos e que reduza o consumo de tabaco em forma de cigarro; porque o que indiano fuma de cigarro não é brincadeira!! Ganja então nem se fala!!!

Serei muito feliz o dia que os indianos pararem de mascar betel com tabaco e pararem de cuspir em todos os lugares, inclusive nos monumentos históricos.

A Índia ultrapassou a África do Sul em casos de pessoas contaminadas pelo vírus HIV. Agora são 5.7 milhões de casos em todo o país, enquanto que na África do Sul são 5.5 milhões. Segundo a reportagem do jornal TOI, 50% das prostitutas de Tamil Nadu (estado do sul da Índia) estão infectadas pelo vírus HIV.

Para saber mais sobre AIDS leia a matéria da brasileira Stefânia Former que neste momento está aqui na Índia trabalhando justamente com isto (stforner@gmail.com). Clique: http://www.hindu.com/2006/04/23/stories/2006042305550200.htm

Um Alemão que fala fluentemente Hindi foi preso ontem por sodomizar um garoto de 12 anos de idade. O garoto começou a gritar e a chorar e os vizinhos que já desconfiavam arrombaram a porta e pegaram o cara no flagra!

O alemão de 40 anos cujo nome é Henz disse que trabalha para uma ONG como assistente social. Mas este tipo de “assistência” nós estamos dispensando!

Drogas, pedofilia, etc. só rolava em Goa antigamente mas agora a coisa já se esparramou para cidades como Mumbai e Delhi.

Incredible India! (Este é o slogan do governo da Índia)

OM Shanti