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21 agosto 2008

A vida na Zona/Favela de Pune

Namaskar


Favela no centro de Pune (perto da propaganda da camizinha) que a propósito hoje eu estava observando tem em três lugares estratégicos, perto da estação de trem no muro do perto do hotel Mediterrane, depois perto dessas favelas no centro.


Favela no centro de Pune.


Familias com as nossas sacolas de roupas e comida.


Barracas onde moram não sei te dizer quantos.



As meninas de vida difícil.


A cafetina de costas, vestindo o sari azul.



A mãe com as irmãs.




Bebe que dorme no chão.

Estas sao fotos da verdadeira India. Fotos recentes tiradas em julho de 2008 pela brasileira Angela que mora em Pune.

Diferentemente das outras brasileiras que vem para ca e so sabem reclamar, a Angela resolveu partir pra acao. Claro que ela nao tem pretencao de mundar o modo de viver dos indianos, ela eh uma pessoa sensata. Seu unico intuito eh reduzir um pouco do sofrimento das mulheres e criancas que moram nesta favela.

Ela da muito mais que comida e roupas, ela da carinho e atencao para pessoas que sao tratadas como a escoria do mundo, gracas a divisao de castas.

Ja pensou como seria o mundo se todos ajudassem os que estao proximos???

Enquanto a Angela faz o que pode, muitas outras falam mau, criticam, xingam, desrespeitam e desfazem dos indianos.

Eh tudo uma questao de postura, nesta vida damos o que temos, uns dao amor, carinho, respeito, afeto, comida, roupas; enquanto outros dao incompreensao, maus tratos, grosserias, desrespeito etc.

Eu faco minha parte passando a verdade e somente a verdade. Eu nao invento estorias e noticias, simplesmento as pego dos jornais indianos. Nao estou aqui para agradar ninguem, mas sim para informar.

Eu faco a minha parte, a Angela de Pune faz a dela, e voce, o que faz????

Incredible India! (slogan do governo indiano)

Om Shanti

12 junho 2007

Cavalo Humano

Segundo os moradores de Calcutá, os riquixás movidos a ser humano são o meio mais eficiente de transporte, visto que Calcutá é uma grande favela e possui vielas muito estreitas.

Cavalos Humanos


Namastê

Fim dos riquixás põe em risco empregos na Índia

Debarati Roy

Há cerca de 18 mil puxadores de riquixás em Kolkata, (antiga Calcutá) a única cidade no mundo ainda servida pelos denominados “cavalos humanos”.

É desumano que, em nossos dias, uma pessoa transporte outra”, diz o prefeito Bikash Bhattacharya, de 55 anos, membro do Partido Comunista da Índia (marxista), que governa Bengala Ocidental. “Já fizemos tantos progressos. Agora queremos tirar os riquixás das ruas.”

(Na verdade os indianos mais civilizados sentem vergonha dos “cavalos humanos” de Calcutá. Riquixás puxados a seres humanos não condiz com a imagem da India “espiritualizada” que o governo vendia nas décadas de 70 e 80 e muito menos com a falsa imagem da India “moderna e em desenvolvimento” que o governo tenta vender agora para os ocidentais).

“No início, nosso governo empenhou-se a fundo na defesa de agricultores e outros segmentos pobres da sociedade”, diz Jyoti Basu, 94 anos, que aposentou-se em 2000 após 25 anos no cargo de ministro-chefe de Bengala Ocidental. “Demoramos para atrair investimentos, e agora nos damos conta de que necessitamos de verbas para erradicar a pobreza no Estado.” (Os comunistas estão virando capitalistas).

Foi em 1984 que Basu pela primeira vez liderou as tentativas de proibir a atividade dos puxadores de riquixás, os “rickshawalas”. Outras duas tentativas também fracassaram devido a protestos de sindicatos dos puxadores.

Desta vez, o Estado está determinado, diz o prefeito Bhattacharya. Os legisladores aprovaram um projeto de lei, em dezembro, proibindo a circulação dos estimados 5 mil riquixás em Kolkata. O plano é eliminá-los gradualmente.

“A visão de um ser humano puxando outros seres humanos com seus ombros em troca de migalhas não engrandece a imagem de Kolkata”, declarou o ministro-chefe Buddhadeb Bhattacharya, ao jornal indiano Tribune em 2005. (A verdade é que Calcutá é toda uma grande e feia favela. O lugar mais horrivel da India que conheci até agora e por isso mesmo foi escolhida pela Madre Teresa).

Os riquixás foram inventados na década de 1860 no Japão, onde eram denominados “jinrikishá”, ou, “veículos movidos por humanos”. Os veículos chegaram à Índia cerca de 20 anos depois, inicialmente em Simla. Na virada do século, comerciantes chineses estavam usando-os para transportar mercadorias e pessoas em Calcutá.

A China e o Paquistão proibiram os cavalos humanos meio século atrás.

Mas os riquixás continuam sendo a forma mais barata de transporte em Kolkata, a cerca de US$ 0,23 por quilômetro. Não fazem distinção de classe, casta ou religião.

“Os riquixás fizeram parte de minha vida”, diz S.B. Roychoudhury, administrador aposentado de uma plantação de chá em Kolkata. “É o único meio transporte que funciona mesmo sob chuvas pesadas em ruas inundadas.”

Os puxadores estão inseguros quanto ao que lhes acontecerá quando a proibição entrar em vigor. “Kolkata está adotando uma política antipobres”, conclui Jowahar, um puxador de riquixa, já na terceira geração. (O partido comunista da Bengala ocidental não quer mais saber de pobre, agora eles querem dinheiro. Viva o capitalismo!!)


Calcutá é o único lugar na Índia aonde ainda existe riquixá movido a ser humano, assim como aonde ainda existe bonde. Isso mesmo, se você quiser andar de bonde na India, só vai encontrar em Calcutá. Ir para Calcutá é como entrar no túnel do tempo de volta ao passado uns 100 anos no mínimo.

Não se pode chamar Calcutá de cidade pois não possui infra-estrutura. Na verdade é um aglomerado semi-urbano ou uma grande favela para deixar mais claro. Eu prefiro chamar Calcutá de ‘vila’.

Desde 1999 quando aqui cheguei que ouço esta estória do governo querer retirar os puxadores de riquixá das ruas, mas até hoje nada foi feito. A verdade é que eles não querem largar a profissão pois tem medo de virar mendigos e passar fome. Solidariedade e empatia com certeza não são o forte dos indianos e os puxadores de riquixá sabem bem disso.

Leia as matérias antigas que escrevi sobre este assunto e saiba mais sobre os cavalos humanos.


Em breve no Indiagestão, lista completa dos os livros escritos por Mahatma Gandhi; inclusive LIVROS ONLINE GRÁTIS para baixar. (em inglês)

Incredible India!

Om Shanti

05 março 2007

Verônica em Mumbai


Namastê

Ontem foi HOLI., o festival das cores aqui na Índia. Leia a postagem do dia 15 de março de 2006 sobre Holi neste blog.

Hoje temos a participação da Verônica que nos conta como foi sua experiência de 1 mês na cidade de Mumbai.

Oi Sandra,

A viagem para Índia foi uma aventura. Foi muito válida pelo curso que fui fazer, aprendi bastante e o pessoal foi muito legal mas quanto a cidade eu não diria o mesmo. Não sei como são as outras cidades da Índia mas Mumbai me deu a impressão de estar dentro de uma grande favela. As ruas, os edifícios todos muito sujos e mal conservados. A cidade cheia de corvos! Dá pra imaginar, CORVOS! A falta de higiene me incomodou muito! Outra coisa que também me deixava muito brava era o fato das pessoas (motoristas de taxi e de riquixá principalmente) ficarem o tempo todo mentindo quanto ao preço real das coisas. Por várias vezes fiquei a ponto de mandá-los para pqp! Pedir informação para um indiano era muito complicado, qualquer mínima pergunta virava uma bola de neve. Não sei se eles não respondiam porque não sabiam, porque não queriam, porque não me entendiam ou se era por maldade mesmo.

A comida é realmente muito apimentada mas não tive problemas, não exagerei, comia sempre um pouco de cada por dia e não comia na rua. Outro detalhe importante, papel higiênico, não é encontrado em praticamente nenhum banheiro só tinha no hotel e tinha também no McDonalds. Não percebi tanta religiosidade no povo e fico pensando como é que as pessoas vão para Índia em busca de paz espiritual.

Como diz o ditado "Vivendo e aprendendo". Pois bem, depois de ser enrolada algumas vezes logo fiquei esperta e comprei um mapa da cidade com uma tabela de preços de corridas de rickshaw junto e não descuidava do taxímetro porque se bobeasse eles não colocavam para funcionar!

É sempre útil andar com dinheiro bem trocado (10, 20, 50 Rúpias) pq você dá 100 Rúpias e eles invariavelmente dizem que não tem troco. Imagina se eles não tem troco para 100 Rúpias por uma corrida que custou 50-60 Rúpias? É claro que é mentira! Andei de ônibus por duas vezes, é bem baratinho mas normalmente estão sempre lotados. Também me aventurei no trem uma vez mas comparar com uma lata de sardinha é pouco de tão lotado!

Comprei o bilhete para "FIRST CLASS" achando que seria mais confortável mas a first class era porque no vagão só viajariam "LADIES" (mulheres). Menos mau! Mas lotado do mesmo jeito!

Tem ainda o problema dos mendigos. Eles são realmente irritantes, mas logo descobri que o segredo para não ser importunado é simplesmente ignora-los, passar reto e fazer como se eles não existissem pois a qualquer sinal de atenção sobre eles começa uma perseguição infernal ao longo de quase toda a rua! Portanto IGNORA-LOS é o point!

Comprei garrafas de água mineral de um litro a um preço que variou de 12 a 50 Rúpias. Assim não sei quanto custa uma garrafa de água mineral na Índia rsrsrs!

Sair para fazer compras era um exercício de paciência pois os vendedores simplesmente não te largam. Teve uma vez que um deles insistiu por tudo que eu comprasse uma roupa e baixou tanto o preço que quase me dava a roupa aí eu falei pra ele bem seria "olha, não é um problema de preço é um problema de necessidade e eu não estou precisando", não sei se ele entendeu mas me deixou em paz. Pedir informações na rua é arriscado que você vai parar no lado diametralmente oposto ao que você quer ir. Não pergunte a qualquer um, de preferência pergunte a alguém que esteja lendo um jornal (de preferencia em inglês) e mais de preferencia ainda a mulheres jovens e que estejam com algum livro na mão. Essas são "educated people" e saberão dar alguma informação. Isso eu aprendi depois de andar muito procurando determinados lugares. Ah! "educated people" significa que eles tem escolaridade, que sabem ler, só os "educated people" sabem falar inglês. O inglês deles é muito carregado mas com alguns dias a gente acostuma o ouvido. No começo a gente pensa que é outra língua!

Não sofri com o efeito ET, talvez porque Mumbai seja uma cidade muito grande, ninguém me importunou nesse sentido. Pelo curso que fui fazer a viagem valeu muito a pena aprendi bastante e confesso que talvez até volte, agora que já sei como sobreviver na Índia, mas não recomendo Mumbai como uma cidade bonita ou boa para fazer turismo pelo contrario a impressão que ficou foi de que a cidade parece uma grande favela, suja e mal conservada.

Esta foi a experiência de nossa querida Verônica na Índia que como tantas outras antecipou a passagem de volta ao Brasil. É sempre mais difícil para as mulheres adaptarem-se as condições tão primárias de vida que temos por aqui.

A impressão de que a cidade é toda uma grande favela, é a mesma que eu tive em Calcutá. Além de ser toda uma grande favela, Calcutá não é cidade mas sim uma vila.

Fiquei feliz por Verônica ter aproveitado bem seu curso, pois muitos que vem para cá fazer cursos entram numa grande fria e não aprendem nada, pois o que tem de charlatão por aqui é impressionante!!

Incredible India! (slogan do governo indiano)

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OM Shanti

06 abril 2006

Renato na India

Nâmaskar

Segue abaixo relato de viagem do nosso querido Renato Brás.

Olá Sandra, tudo bem ?

Já estou de volta ao Brasil e depois de reorganizar tudo pude colocar também em ordem meus sentimentos sobre a Índia.

Minha viagem não foi igual a da Roberta, pelo contrário tudo transcorreu muito bem, mas gostaria de deixar aqui minhas impressões.

Minha chegada em Delhi foi umas das mais diferentes que tive na vida, depois de descobrir que o meu transfer não aparecera resolvemos, eu e meu amigo, pegarmos um "taxi".
A negociação já foi confusa, assim como o aeroporto abarrotado de pessoas esperando por familiares, turistas etc...

Depois de um preço exorbitante e muita negociação até o preço justo seguimos em direção ao carro onde assim que entro e olho para o lado vejo nada mais do que uma pessoa fazendo na "boa" suas necessidades. Aquilo de cara foi um choque, mas enfim estava na Índia e já tinha lido bastante sobre vários costumes indianos.

Trânsito complicado até o hotel, sem regras e apenas muita buzina chegamos ao famoso bairro de mochileiros, Karol Bagh.
Deixando de lado qualquer coisa que possam achar de mim, ou até mesmo comentarem que moro em um país de 3° mundo e que tenho a miséria muito próxima, Karol Bagh me assustou. Sujeira, esgoto a céu aberto, muita gente dormindo na rua, ruas empoeiradas...disse "Chegueiem uma favela brasileira", parei para pensar e renovei meu pensamento "aqui começa mais uma aventura a la Indiana Jones".

Delhi é uma metrópole que para mim não chegou a ser caótica mas que não me agradou, achei-a abandonada. A famosa CP, o Indian Gate, a parte cívica da cidade, tem sua beleza mas acho que deveria ser mais cuidada.

Andamos de metrô (por sinal moderníssimo), auto-rikshaw, a pé, enfim devoramos Delhi no 1° dia. Tudo a preço de banana !!!

Mas nossa viagem pela Índia começaria mesmo no dia seguinte, já com uma confusão na recepção do hotel que jurava que o transfer tinha ido nos buscar no aeroporto, não pagamos mas tivemos a nítida certeza de que fomos enganados no valor dado por eles para levar-nos até a estação de New Delhi, aliás não achei os indianos simpáticos, na verdade o que conta para eles é o que você vai pagar, isso tirou, para mim, um pouco do brilho de toda a "espiritualidade".

Enfim, estação de trem, gente dormindo por todos os cantos, gente querendo levar vantagem em tudo, dizendo que seu bilhete está errado e que podem te levar em uma loja para endireitar...(toda atenção é pouca, isso é um velho golpe), mais gente fazendo "coisitas fisiológicas" próximo a estação e lá estávamos nós na 1ª classe (do século XIX) do trem com destino a Jaipur-Rajastão.

Nosso vagão era praticamente só de estrangeiros, tudo muito cordial e um serviço de bordo prá lá de engraçado, relaxei e comecei a observar uma Índia Rural, mágica pelas cores e triste pela miséria.
A cada cidade, vila, casebre, plantação que o trem rasgava minha mente trabalhava, sem saber se estava emocionado ou com raiva da miséria do mundo.

A cidade de Jaipur realmente pulsa. Saris, vacas, camelos, gente, muita gente nas ruas e um comércio intenso. Eu estava inserido na Índia, foram 3 dias de muita descoberta e paisagens maravilhosas. A única coisa que continuava a me incomodar, desde Delhi, era a sujeira e a falta de higiene da população (limpadores de ouvido, vendedores de dentaduras, tudo a céu aberto e a escolha do cliente que pode inclusive testar para ver se a dentadura cabe na boca, ruas sujas, esgoto a céu aberto..) Jaipur a cidade Rosa é realmente a cara da Índia.

De Jaipur seguimos para Agra, 5 horas de trem e chegamos na cidade mais feia que já vi na minha vida, além de caótica e imunda nos presenteia apenas com o Taj Mahal e o Forte, no mais tudo é muito tumultuado, sem opções.

O Taj Mahal é realmente uma maravilha do mundo, lotado de turistas e também de Indianos, causa um impacto e admirá-lo nunca é demais. Apenas um dia é necessário para esta cidade e de lá nossa etapa mais engraçada da viagem, a ida para Varanasi.

A viagem que duraria 10 horas conforme o staff do trem durou simplesmente 16 horas e a classe para turistas era um vagão imundo, com cortinas de plástico azul cintilante de banheiro, dividia as cabines, para 4 pessoas cada.

Foi uma festa, todos os turistas se conheceram, troca de biscoitos, frutas... a cada parada do trem (ele parava mais do que caminhão de lixo na hora da coleta) todo mundo descia, tirava fotos e contava suas aventuras pela Índia, gente que estava a mais de 6 mêses rodando pelo país, velhos, jovens, senhores Europeus com todo aquele ar blazê, assim como mochileiros franceses "tô nem aí", foi divertidíssimo. Imagina dormir neste trem, quando passei a mão no meu "colchão" ela sai preta, preta, preta.

Varanasi, a cidade sagrada tem lá sua magia, mas não me emocionou, achei bonita a fé mas todo comércio em volta da gente tentando tirar dinheiro tira o brilho, como já disse anteriormente, não achei o Indiano simpático e talvez seja apenas uma implicância minha.

O Rio Ganges e seus rituais levam a beira do rio muita gente, turistas Zen, turistas japoneses e suas cameras ultra-modernas, jovens, indianos de outras cidades, pessoas que esperam a morte nas galerias que levam ao ganges, vacas, sujeira, corpos a serem cremados, enfim algo que todo mundo deveria ver um dia. Varanasi tem 5000 anos e lá também se encontra o local onde Buda fez seu primeiro sermão.
Passamos dois dias por lá e voltamos a Delhi para nossa conexão com destino a Alemanha.

Ficamos sabendo que duas bombas explodiram no dia seguinte que saímos de Varanasi, ferindo vários turistas, inclusive uma na estação de trem , no horário do trem para Delhi. Escapamos por 24 horas.

A saída de Delhi é uma novela mas isso é uma história a parte, apenas para encurtar foram 3 horas da porta do aeroporto até o embarque (4 revistas)... mas isso depois eu conto.

Estarei em breve colocando em um fotoblog as fotos desta viagem que sem sombra de dúvidas nos deixou marcados de uma forma positiva ou negativa.
Abraços,
Renato Brás
Renato

13 novembro 2005

Kolkata


Nâmaskar

Hoje comento aqui o meu retorno à Kolkata (antiga Calcutá) depois de 2 anos.

Desde minha última visita a Kolkata em novembro de 2003, poucas coisas mudaram naquele lugar.

Foram construídos 2 viadutos e 1 shopping center com direito a Pizza Hut e KFC.

Os ônibus de madeira continuam os mesmos; assim como os bondes, que celebraram 125 anos de existência dia 1 de novembro deste ano. Os requixás movidos a humanos tambem continuam.

Novamente esse ano tentaram proibir esses requixás, mas os puxadores de requixás se recusam a parar de trabalhar por temerem o desemprego. Puxar requixá é seu único ganha-pão, do qual se orgulham e argumentam que é um trabalho como outro qualquer. Na verdade eles temem que sem puxar requixás, eles acabem se juntando aos mendigos e tenham de pedir esmolas.

No geral os puxadores são homens idosos pois já a muito tempo a prefeitura de Kolkata não fornece mais licenças para esse tipo de requixá.

Kolkata é a única cidade indiana que ainda possui esse tipo de requixá; assim como bondes. Kolkata proporciona a qualquer pessoa que se aventure até lá, uma verdadeira entrada no túnel do tempo. Se você for colecionador de antiquidades, Kolkata é seu paraíso e você com certeza deve conhecê-la.

Os guardas de trânsito continuam na ativa pois o número de semáforos (sinal luminoso) continua reduzido.

A poluição do ar está péssima e é difícil respirar em certas áreas. Tive que fazer como os indianos fazem, e amarrei um lenço no rosto para poder respirar menos poluição e parar de tossir.

Os carros da marca Embassador continuam sendo a maioria nas ruas estreitas de Kolkata, mas senti falta das motos antigas com um carrinho do lado (side car), será que foram proibidos? Acho tão interessante e pitoresco aquele carrinho que só cabe 1 pessoa grudado ao lado da moto. Se você não gosta de sentar-se no famoso “banco dos bobos” em ônibus aí no Brasil, você iria odiar sentar-se no tal carrinho.

Aos olhos do estrangeiro a impressão que temos é que a cidade inteira é uma grande favela. Construções muito antigas e sem preservação nenhuma; caindo literalmente aos pedaços, sujas, descascadas, úmidas, mofadas, onde até plantas crescem nas paredes e telhados.

Ruas estreitas, sujas, mal cheirosas, sem calçadas. Pessoas cozinhando nas calçadas, comendo, urinando, defecando, jogando cartas, tomando chá, dormindo, tomando banho, lavando roupa etc tudo em público, a céu aberto, sem a menor privacidade.

Isso tudo torna Kolkata muito interessante para se visitar, mas difícil para morar.

Incredible India! (slogan do governo indiano)

Om Shanti