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28 julho 2008

Onibus Indiano


Namaskar

Eh muito facil andar de onibus na India, basta ler o letreiro. Hehehehehe :)

S
erio mesmo, veja so a foto. Voce le o letreiro e de imediato ja sabe para onde aquele onibus vai.


Foto: Marisa Silveira


Incredible India!

Om Shanti

Tudo Sinalizado


Namaskar

Quando voce vier a India nao fique com medo de se perder pois ha muitas placas indicando o caminho. HEHEHEHE :)


Foto: Marisa Silveira


Incredible India!

Om Shanti



11 julho 2008

Por favor, Buzine!!






Namaskar

Todos os estrangeiros que vem para a India se implicam muito com nosso buzinaco. Acham o transito indiano muito confuso, muvucado e barulhento.

TODAS as reportagens de TV, revistas, Internet etc adoram falar do caotico transito indiano e de suas incessantes buzinas. Eh como se os jornalistas nao tivessem outro assunto em pauta para falar e fazer materia.

SIM, aqui a filosofia eh que a buzina eh para ser usada!!!!

Na traseira dos veiculos pode-se ler: POR FAVOR, BUZINE! Assim sendo, buzinamos o maximo que pudermos :)

Veja so as fotos acima onde le-se em ingles "Blow Horn" ou "Horn Please".

INCREDIBLE INDIA!

OM SHANTI

04 fevereiro 2008

A Índia está cheia de carros e de barbeiragem



Somini Sengupta*
Em Nova Déli

Poucas
semanas atrás, a residência indiana tradicional de Vineet Sharma, um consultor do setor de fertilizantes, foi palco da realização de um sonho que há muito era adiado. Tendo usado lambretas como meio de locomoção durante vários anos, os Sharma compraram um automóvel hatchback zero, cinza-metálico, conhecido como Tata Indica.

Nenhum problema quanto ao fato de nenhum dos seis adultos da residência saber dirigir. Assim que o carro chegou, Sharma, 34, saiu para dar uma volta e atropelou um amigo. O seu irmão chocou-se com uma motocicleta. Ninguém se feriu, mas o pára-choques ficou amassado. O irmão ficou com tanto medo que parou de dirigir, exceto aos domingos.

"Primeiro nós compramos o carro, e só depois pensamos em como iríamos dirigí-lo", diz Sharma.

Na quinta-feira, quando a Tata Motors lançou o carro mais barato do mundo, o Nano, de US$ 2.500, e representantes de montadoras de todo o mundo foram até Nova Déli para fazer propaganda dos seus produtos em um mercado automobilístico indiano promissor, Sharma começou a pensar em dirigir de fato.

Ele matriculou-se em um curso de direção de uma semana, e mergulhou de cabeça na loucura do tráfego matinal em um velho Maruti 800. O odômetro do carro há muito tinha deixado de funcionar, e sobre o teto havia um sinal indicando que ele era um aluno.
Sharma não dirigia muito rápido e disse que estava bastante nervoso.

E ele tinha bons motivos para estar intranqüilo, já que a sua primeira incursão no mundo das quatro rodas revelou quantos obstáculos ainda prejudicam o romance indiano com as estradas. Em meio a uma cacofonia de buzinas na estrada Ring Road, um veículo utilitário esportivo de cor vermelho sangue passou por entre dois carros, e por um triz não bateu à direita do carro de Sharma. Um ônibus escolar o imprensou à direita. Ninguém parecia se importar com as faixas de trânsito.
Os indianos estão adotando rapidamente o automóvel, à medida que os salários sobem, os planos de financiamento de veículos proliferam-se e a indústria automobilística lança carros de baixo custo cujos preços competem com os das motocicletas. Eles compraram 1,5 milhão de carros no ano passado. Segundo algumas estimativas a Índia deverá ultrapassar a China neste ano como o mercado automobilístico de maior crescimento.

Nesta semana a capital indiana esteve agitada com a mania de automóveis, já que a exposição bienal Auto Expo teve início na quinta-feira e as indústrias automobilísticas, tanto indiana quanto estrangeiras, começaram a apresentar os primeiros dos 25 novos modelos.

A grande novidade veio da Tata Motors, que introduziu o Nano em uma cerimônia que teve como música de fundo o tema do filme "2001: Uma Odisséia no Espaço", tocado a toda altura. Havia também sedãs de luxo e veículos utilitários esportivos, assim como uma grande variedade de carros pequenos, acessórios e peças. De fato, o centro de exibição estava tão movimentado que formou-se um congestionamento barulhento e caótico em frente ao local antes mesmo da abertura oficial.

Como era de se esperar, os ambientalistas indianos atacaram a febre automobilística, especialmente devido às regulamentações relativamente frouxas quanto a emissões e à proliferação dos carros movidos a óleo diesel. A Auto Expo tem um pavilhão dedicado aos veículos a diesel.

Até mesmo o geralmente pacato diretor do Painel Intergovernamental de Mudança Climática, Rajendra K. Pachauri, criticou duramente este crescimento explosivo da quantidade de veículos pequenos, questionando particularmente a Tata Motors por dedicar-se à construção de carros baratos e não ao transporte público eficiente. Nesta semana o Greenpeace pediu que sejam adotados padrões de eficiência para o uso de combustível, incluindo informações sobre emissões de dióxido de carbono.

Na sua primeira aula de direção, Sharma tinha em mente preocupações mais imediatas. Dividindo as ruas com ele havia um ciclista com três botijões da gás amarrados à bicicleta, um vendedor que empurrava uma carroça cheia de goiabas, um triciclo movido a pedal cheio de fotocopiadoras (estes veículos muitas vezes são os preferidos para o transporte de equipamentos modernos).

Havia também muitos pedestres, saltando aleatoriamente sobre a pista, já que não há faixas de pedestres, ou andando em filas densas nas laterais das estradas, que não têm calçadas. Em determinado momento, um carro entrou na contramão. A seguir uma motoneta de três rodas veio em direção a Sharma, desviando-se rapidamente e entrando em uma rua lateral. Pelo menos nesta manhã não havia nenhum elefante mascando pedaços de bambu na pista de alta velocidade, algo que de vez em quando ocorre.

"A minha preocupação não é com carros, mas com os motoristas", diz Suvashish Choudhary, o vice-comissário de polícia. "Cada carro novo significa um motorista a mais que não estará treinado para dirigir bem na cidade".

Com uma população de quase 16,5 milhões de habitantes, Nova Déli recebe diariamente 650 novos veículos nas suas estradas e ruas. Segundo a última estimativa, há um total de 5,4 milhões de veículos, o que é cinco vezes a quantidade registrada 20 anos atrás. Mas ainda há duas lambretas ou motocicletas para cada carro.

Quando lembramos a Choudhary o fato notável de que o aumento drástico do número de carros
em Nova Déli não foi acompanhado por uma elevação correspondente do número de acidentes, ele zombou disso e continuou apresentando a sua lista de reclamações: ninguém dá a vez a outros motoristas, todos se acotovelam para serem os primeiros a arrancar quando a luz do semáforo fica verde e a falta de faixas de travessia fazem com que os pedestres saltem abruptamente para dentro das pistas de veículos. Ele chama isso de "falta de uma cultura de direção de automóveis".

Os que mais sofrem são os pedestres da cidade. Segundo a política, metade das vítimas fatais dos acidentes é composta de pedestres. De vez em quando uma pessoa sem teto que dorme nas ruas é atropelada. Na semana passada um carro em alta velocidade atropelou um policial que estava de pé em frente a um posto de controle de tráfego, e não se deu ao trabalho de parar. O policial sofreu ferimentos graves.

"Todo mundo sabe um pouco sobre direção", observa Sharma. "O problema é obedecer as regras. Todos estão apressados".

Nova Déli emitiu mais de 300 mil carteiras de motorista no ano passado, algo que tanto pode ser visto como um grande exemplo de eficiência burocrática quanto como uma ingenuidade indiana.

Um motorista profissional chamado Ramfali disse ter obtido a carteira mesmo sem saber ler. Sharma pagou US$ 40, ou o quádruplo do preço oficial, para que um despachante independente obtivesse a carteira para ele em uma hora e meia.

A mania dos carros também gerou uma nova indústria de auto-escolas. Durante as manhãs, pode-se ver os alunos rodando devagar pelas estradas, e os motoristas veteranos buzinando alucinadamente atrás dos aprendizes.

Sharma, ao final da sua primeira aula, ele decidiu que os veículos de quatro rodas, embora desejáveis, nem sempre são práticos. Ele observa que a sua lambreta é mais barata e rápida.

O seu instrutor, Amit Yadav, que treina uma média de 11 novos motoristas por dia, concorda. Ele diz que vai trabalhar de motocicleta. "O trânsito é tão ruim que não vale a pena dirigir
em Nova Déli", argumenta Yadav.

Mas ele frisa que se for necessário dirigir, é necessário ter confiança. "Deixe o medo de lado", disse ele a Sharma.


*Hari Kumar e Saher Mahmood contribuíram para esta matéria.

Tradução: UOL


Fotos: Internet/Gloogle

Incredible India! (slogan do governo indiano)

Om Shanti


05 setembro 2006

10 Coisas que odeio sobre a India


Nâmaskar = Namastê

Segue abaixo o artigo de Claude Arpi de 22/06/2006.

10 Coisas que odeio sobre a Índia

95% da Índia é boa mas há coisas que mesmo após 30 anos morando na Índia ainda não consigo engolir.

Aqui está a lista de 10 coisas que não consigo ‘digerir’ sobre a Índia.

1. Falta de Energia Elétrica: Enquanto estava escrevendo este artigo houve mais uma falta de energia.
2. Funcionários Públicos de Baixo Escalão: Eles não respondem cartas, perguntas, criam burocracia desnecessária, etc.
3. Falta de Acesso a Documentos Históricos: Os documentos sobre a independência da Índia não podem ser acessados, assim como os que desvendariam os problemas políticos em relação a Kashmira.
4. Discriminação para com o Turista Branco: Os turistas brancos tem que pagar mais por tudo desde a entrada ao Taj Mahal até a coisa mais simples que ele queira comprar. Eles crêem que todo branco é rico.
5. Paranóia quanto a Mapas: Certa vez fui ao distrito de Tawang em Arunachal Pradesh e fiquei pasmo ao ver que mesmo no escritório do governo não havia mapas. Havia simplesmente um esboço do que o distrito deve ser. E o Google Earth que está disponível por todo o mundo?
6. Paranóia quanto a Fotografias: Não se pode tirar fotos de nada ou filmar nada. Em alguns lugares até deixam após você pagar 250 Reais e pegar um carimbo de autorização.
7. Políticos: Tem político que distribui dinheiro e outros que distribuem saris para as mulheres em época de eleição...
8. Negligência para com o meio ambiente: Não respeitam e não cuidam da flora e fauna.
9. Trânsito: Caótico e barulhento
10. Corrupção: Em todos os setores da vida pública e privada.

O coitado do francês que mora aqui na Índia há 30 anos estava num dia de crise quando escreveu o artigo hehehehehehehehe.
Normal, eu também tenho MUITOS dias de crise principalmente durante o verão (Maio - Setembro).


Incredible India! (slogan do governo indiano)

OM Shanti


.

21 agosto 2006

Agnes - Relato - Parte I


Quando a Sandra me pediu para escrever sobre a Índia, pensei como escreveria sobre um país tão diferente. Mas a minha estada na Índia foi algo tão especial e marcante que fico feliz em poder compartilhar isso com vocês, leitores do Indi(a)gestão.

Você pode amar a Índia e achar que é o país mais fascinante do mundo, ou detestar, e achar que é o lugar mais horroroso onde já esteve, mas nunca, nuca mesmo, sentir-se indiferente. É impossível viajar a Índia e voltar sendo a mesma pessoa. É impossível não passar a ver tudo com um outro olhar.

Passei 20 dias nessa Incredible Índia e posso dizer que foi a experiência mais interessante de toda minha vida. Sim, eu amei a Índia. Sempre quis visitar o país, mas não fazia a menor idéia do que iria encontrar. Fiquei a maior parte de minha viagem em Nova Delhi, mas conheci Mumbai, Bangalore e Coimbatore – no sul.

Estou no último ano de jornalismo e fui com o propósito de fazer meu Trabalho de Conclusão de Curso – um livro-reportagem sobre a condição social das mulheres indianas. Muitos disseram que eu era louca, na verdade continuam dizendo. “Uma garota brasileira viajando sozinha para a Índia e com o objetivo de estudar a violência contra a mulher indiana e conhecer o que tem sido feito para reverter essa situação tão triste”??? rsss Tenho que concordar que não é muito comum! Muitos disseram que eu deveria estudar a condição social das mulheres brasileiras e ir para o Pernambuco onde centenas de mulheres são mortas, vítimas de violência. Mas eu escolhi a Índia, pois acredito que o país vive um momento de mudanças. O crescimento econômico tem levado os indianos a sofrerem uma crise de valores. Um contraste cultural entre as tradições milenares e o American Way of Life! Um embate entre o saree e a calça jeans, o tali, paneer, naan e o MC Donald’s e a Pizza Hut.

Comecei a ler o Indi(a)gestão 7 meses antes de embarcar para essa aventura. E as palavras de Sandrinha me ensinaram MUITO, foram nelas que me inspirei, e foram fundamentais para que ao desembarcar no aeroporto de Delhi eu não surtasse e voltasse imediatamente para o Brasil. Sim, porque para os desavisados, essa é a primeira reação que se tem ao chegar na Índia. Por isso estude muito antes de ir para lá. Leia muito e, principalmente, converse com pessoas que já foram para lá. (Leia TODO o Indi(a)gestão antes de ir)!

Precisei viajar no mês de junho e julho – VERÃO - os piores meses para se estar na Índia. Mas não foi por falta de aviso... né San!! Aproveitei minhas férias tanto da faculdade quanto de meu trabalho. Era a única época do ano que poderia viajar.

O calor é realmente insuportável, e por mais espírito aventureiro que você tenha, é impossível não se irritar com o calor e a umidade da Índia. Tive muita sorte e não sofri com a temível diarréia indiana. Na realidade me dei muito bem com a comida indiana que apesar de MUITO apimentada, é deliciosa.

Uma das coisas que me deixou mais enlouquecida foi o trânsito indiano. Não existem faixas, ninguém respeita os semáforos e a cada 3 segundos eles buzinam! É uma maluquice! E atravessar a rua é uma aventura que vocês não fazem idéia! É preciso ter muito cuidado e ser bem corajoso.

Entender o inglês indiano foi outro desafio. No início parecia outro idioma e demorei uns dias para acostumar meus ouvidos a esse sotaque tão peculiar! Assim que desembarquei em Delhi peguei um táxi e iniciei uma conversa com o motorista. Ele respondeu em uma língua estranha e então pedi por favor que ele falasse em inglês. Qual não foi minha surpresa quando ele disse: mas senhora, estou falando em inglês!!! Sim, é desesperador.

Algo que aprendi na Índia foi barganhar. Nunca barganhava no Brasil e precisei aprender essa lição bem rapidinho para não ser enrolada. Não é fácil negociar com os indianos, mas é uma experiência interessante. Para eles a negociação é praticamente um ritual e eles só terminam quando você disser que está satisfeita e feliz com o preço e o produto. É bem engraçado, mas também muito estressante. Tem horas que tudo o que se quer é pagar o preço justo e ir embora. Mas não na Índia, lá é preciso negociar absolutamente tudo!

Outra coisa que me deixou perplexa foi a extrema falta de noção de higiene da população. As ruas são verdadeiras lixeiras e banheiros públicos. Os mercados nas ruas são imundos, há muitas moscas, principalmente no verão, e poucos conservam hábitos de higiene básicos como lavar as mãos ou escovar os dentes. Enfim, não é para menos que as doenças se proliferam. Uma particularidade é os milhares de usos que o jornal tem na Índia. É algo de grande utilidade para eles. rsss Pode ser uma toalha de mesa, um saquinho de pão ou peixe, também pode ser guardanapo!! Mas as notícias diárias de estupro e violência, eles acham melhor ignorar.... Com relação a higiene, também é nojento a forma como eles cospem nas ruas, é um hábito constante!! Arrotar e peidar não ficam atrás no quesito “nojento”.

Continua amanhã...

Foto: Agnes (esquerda), Sandra (direita)

07 agosto 2006

Peso Pesado


Namastê

O governo havia prometido instalar 13 balanças nas principais entradas de Delhi até dia 31 de Julho, para que os caminhões não entrassem na cidade acima do peso permitido danificando a pavimentação (o asfalto que já é bem vagabundo). Adivinhe só quantas balanças foram instaladas??? Isso mesmo, ZERO.

Mas mesmo que instalem as balanças servirá pra que??? Se todos os policiais aceitam propina. Qualquer 3 Reais já é dinheiro pra eles!!!!! Não esqueci do zero não, não são 30 Reais de propina, são somente 3 Reais!!!! Será que você se esqueceu que a Índia é um país pobre? Além de daal e chapatti, a Índia é um país movido a propina.

A polícia já prendeu diversos suspeitos pelo ataque terrorista a bomba em Mumbai, além dos tradicionais islâmicos paquistaneses, desta vez as conexões terroristas incluem cidadãos afegões e bangladeshes. Além de terrorismo os afegões, bangladeshes e paquistaneses estão envolvidos no contrabando de armas, munição, drogas e notas falsas de Rupias indianas. Com países vizinhos como esses, quem precisa de inimigos????

Depois de muita luta neste país extremamente machista, as mulheres em março deste ano conquistaram o direito de trabalhar como bartenders (preparando drinques). Agora pasme minha amiga, 5 MULHERES entraram na corte com uma petição pedindo que esta lei seja revista, ou seja, elas são contra e não querem que as outras mulheres trabalhem como bartender, elas alegam que não é um trabalho seguro. A corte agora vai rever o assunto.

A India é machista e atrasada por culpa das indianas. São as mães que criam os filhos para serem machistas. Paparicam os filhos tanto que viram ‘mocinhas’, por isso tem tanto gay aqui na Índia. Tem mãe que dá comida na boca do filho de 25 anos!!!! Pscinaliticamente falando a relação entre mães e filhos na Índia é incestuosa, não do ponto de vista físico mas sim emocional. Elas poderiam modificar a Índia se modificassem o modo como cuidam dos filhos. Os meninos aqui são reis e as filhas são escravas, mas isso é outra estória...

A época das chuvas de monções já chegou e metade da Índia está coberta de água. Todos os anos é a mesma coisa, enchentes, gente morrendo afogada, doenças se proliferando etc. Se você for vir pra Índia neste momento, traga capa de chuva, guarda-chuva, galochas e um barco inflável!

Incredible India

OM Shanti

05 agosto 2006

Brasileiras na India


Nâmaskar

A Vange me escreveu perguntando sobre as brasileiras que moram aqui.

Eu não posso ficar falando da vida pessoal de cada uma por uma questão de ética e privacidade, mas posso dizer que 90% delas NãO são felizes aqui na Índia, elas reclamam MUITO.

Na verdade são todas estressadas. Eu por exemplo, detesto quando os leprosos vem pedir dinheiro e ficam tocando no meu braço.

Duas brasileiras em cidades diferentes e em ocasiões diferentes deram 10 Rúpias à uma criança que veio que pedir dinheiro e na mesma hora a criança jogou o dinheiro de volta, pois 10 Rúpias é muito pouco!

Estrangeiro tem que dar no mínimo 100 Rúpias pro mendigo ficar feliz, se não quiser ser considerado mão-de-vaca (muquirana). Acontece porém que não somos turistas, moramos aqui e infelizmente ganhamos em Rúpia e não em dólar. Agora vai explicar isso para todos os mendigos que cruzam seu caminho diariamente!
Eles não querem saber, na cabeça deles você sendo estrangeiro automaticamente você é rico e portanto tem OBRIGAÇÃO de dar-lhes dinheiro!!!! É assim que funciona na Incredible India.

Do que mais as brasileiras reclamam aqui é da total falta de noções básicas de limpeza e higiene. Este parece ser o fator de maior causa de irritação para todas.

O trânsito caótico e o volume e quantidade de buzinas vem em segundo lugar juntamente com o clima extremamente quente e úmido.

Todas reclamam dos arrotos e peidos que são lançados como mísseis a toda hora por todos os indianos (homem, mulheres e crianças); e do mau cheiro que impera triunfante por todo o país, pois as vacas cagam pelas ruas e os homens mijam em postes e paredes juntamente com os cães. Por isso que incenso indiano tem o cheiro forte, é como perfume francês!!! rsss

E reclamar da sogra é algo básico no mundo todo não é mesmo? ;-)

Ver as vacas comendo lixo nas ruas é outra coisa que desagrada as brasileiras que aqui vivem.

Peidos eu não gosto não, mas arrotos, gente comendo só com a mão, falta de papel higiênico, toilet indiano de chão, poluição, sujeira, buzinas, trânsito, indiano mijando na rua, vacas comendo lixo, já me acostumei. Não me importo, e sou agora a rainha da sujeira e bagunça! :)

O que me irrita mesmo é a falta de energia elétrica, a falta dos alimentos que eu gosto e estava acostumada a comer há 36 anos, o fato de colocarem MUITA pimenta na comida, as diarréias constantes minhas e dos meus gatos, os mendigos me perseguindo na rua e o fato dos indianos te tratarem como um retardado mental e quererem levar vantagem em tudo, sempre, o tempo todo. Me choca o capitalismo exacerbado que impera aqui, onde o que fala alto é o dinheiro e onde ética e moral são totalmente desconhecidas e ignoradas. Pra mim isto é muito triste.

As brasileiras gostam dos monumentos históricos, dos saris todos bordados a mão com pedras e lantejoulas, do colorido das roupas, chapati, dal sem pimenta, doces, música indiana, filmes indianos, jóias, andar sem medo de assaltos pelas ruas, etc.

No geral as brasileiras e portuguesas que estão aqui é porque vieram a trabalho ou a estudo ou então porque se casaram com indiano. Não conheço brasileiros que fiquem aqui por longo tempo a menos que estejam casadas ou trabalhando; embora algumas venham só para acompanhar o marido que foi transferido de outros países para cá. Uma coisa é certa, se o seu casamento sobreviver sua estada na Índia, você não se separa nunca mais!

Mayana Barberino, que morava aqui em Delhi e foi casada com um indiano, abriu uma comunidade no Orkut para expressar seu desprazer com sua sogra indiana. A comunidade chama-se Minha sogra e uma Drama Queen segue abaixo, a descrição da comunidade :

Minha sogra e uma Drama Queen
Se sua sogra em uma Drama Queen, se faz aquele teatro para atrapalhar a sua paz com seu marido e claro! E ainda se faz de doente para ser visitada, seu lugar e aqui.
Abaixo hipocresia de sogras inuteis que se acham as coitadas do mundo!
Mostre sua indignacao e pode postar tudo que essa megera fez para interferir na sua felicidade!
Vamos assim saber todas as manhas e truques dessas vacas e seremos mais fortes contra esse joguete insano!
A minha sogra e uma DRAMA QUEEN...
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=10790705


Incredible India!

OM Shanti

01 julho 2006

2 de Julho - Dia do Bombeiro!



Namastê

Dia 2 de Julho é dia do Bombeiro aí no Brasil. Aqui na Índia não creio que tenhamos tal dia, pelo menos nunca ouvi falar.

Alguém já escreveu que “Ser bombeiro é ser anjo”, mas aqui na Índia é ser ‘santo milagroso’!

Começa que o governo não investe no corpo de bombeiro. Olha só a foto e veja o coitado segurando a mangueira sem luvas. O de trás sem capacete.

Aqui faltam os materiais básicos pra se fazer qualquer tipo de resgate, combater incêndio etc. E pra piorar tudo de vez, falta água!!!!!!!!!!!!

Nas ruas, prédios, lugares públicos NãO se tem hidrante nenhum pois não se tem água!! Então como funciona? Os carros pipas (caminhão de água) buscam água no rio Yamuna, Ganges, ou o riacho mais próximo!! A água tem pouquíssima pressão e não dura muito.

A dificuldade de acesso aos lugares para apagar qualquer incêndio ou fazer resgate é MUITO GRANDE pois a Índia tem muita população, é tudo muvucado e tudo MUITO desorganizado. É como sempre digo, aqui os anjos da guarda existem e dão plantão 24 horas x 7 dias da semana!

Os nossos bombeiros aqui sofrem com o trânsito caótico, a falta de acesso, a falta d’água, a falta de instrumentos e materiais apropriados, em fim, se bombeiro é anjo em todos os lugares, aqui eles são ‘santos milagreiros’ pois tem que fazer milagre pra poder trabalhar com tantas dificuldades e adversidades!!!

Guincho e guindaste em caso de terremotos ou remoção de escombros é o nosso querido elefante! O coitado do bicho que tem que puxar aqueles pedaços enormes de paredes...

Em fim, deixo aqui a minha sincera homenagem a todos os bombeiros de todo o mundo. Com certeza todos são muito queridos além de heróis anônimos e anjos salvadores!

Feliz Dia do Bombeiro a todos!

Um grande beijo e um forte abraço!! E em suas orações, por favor incluam os bombeiros indianos pois aqui a coisa é muito feia pro lado deles!

Em 2 de julho de 1856, o Imperador D.Pedro II, assinava o Decreto Imperial nº 1.775, que regulamentava, pela primeira vez no Brasil, o serviço de extinção de incêndio. Nessa época, ao sinal de incêndio, o badalar dos sinos alertava homens, mulheres e crianças que ficavam em fila e, do poço mais próximo, passavam baldes de mão em mão, até chegarem ao local que estivesse em chamas. Para oficializar a importância do bombeiro, por decreto do Presidente da República, desde 1954, todo 2 de julho deve ser dedicado a homenagear esses profissionais. Nada mais justo que uma data em honra dessas pessoas sensíveis às necessidades do próximo e engajados no desejo de servir bem a comunidade.
http://www.bombeirosemergencia.com.br/diadobombeirobr.htm

OM Shanti

08 junho 2006

Trânsito


Nâmaskar

Hoje, atendendo ao pedido do Fábio e da Elaine aqui vai uma postagem especial sobre o trânsito na Índia.

Descrito em todos os guias de viagem como ‘caótico’, o trânsito na Índia na verdade é uma verdadeira aventura! Se você assistiu ao filme Indiana Jones e gostou, com certeza vai se divertir muito no trânsito indiano!

Ainda com poucos semáforos, a figura do “guarda de trânsito” é uma constante. Em pé o dia todo, se arriscando no meio do trânsito maluco e respirando altas doses de poluição, este é com certeza um emprego de risco!!

A direção fica do lado direito no veículo (estilo inglês) e tem-se que trocar a marcha com a mão esquerda; ótimo para os canhotos.

Teoricamente há sim mão e contramão, o difícil é ver isso na prática. Todos fazem o que querem e dirigir na mão errada pra encurtar caminho é algo normal e aceito pelo consenso geral. Que mal há? :-)

Seta e farol baixo são coisas desconhecidas por aqui, ninguém usa. A noite só mesmo farol alto pra cegar o outro, se não, não tem graça, oras! Seta, o que é isso? Pra que serve? Eles não usam mesmo, afinal pra que inventaram a buzina???

Buzina e freios é pra se usar! E MUITO!!!!!!! Na verdade quanto mais melhor! E por que não??? É tão melodioso o som de 40 buzinas ao mesmo tempo; especialmente em frente a escolas e hospitais. Cacofonia nada, é pura melodia para os ouvidos indianos!!!

Divertido mesmo é ver os motoristas de autoriquixás dirigindo com o pé esquerdo pra cima e mais legal ainda, vê-los usando o pé pra dar sinal pra virar à esquerda. Entendeu agora por que não se usa seta? Porque usa-se o pé!


Incredible India! (Este é o slogan do governo indiano)

OM Shanti


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