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10 dezembro 2008

Agra nao eh so o Taj Mahal - Parte 2


Tumba do Imperador Akabar.


Tumba do Imperador Akabar. Muito mais antiga e bela que o Taj Mahal.


Tumba do Imperador Akabar.


Lado interno do portao principal da Tumba do Imperador Akabar.


Jardim ao redor da Tumba do Imperador Akabar.


Jardim ao redor da Tumba do Imperador Akabar.


Salao de entrada da Tumba do Imperador Akabar.


Salao de entrada da Tumba do Imperador Akabar.


Corredor de acesso a Tumba do Imperador Akabar.


Corredor de acesso a Tumba do Imperador Akabar.


Tumba do Imperador Akabar.


Tumba do Imperador Akabar.


Porta de entrada da Tumba do Imperador Akabar.


Um dos 4 portoes que cercam o jardim ao redor da Tumba do Imperador Akabar.
Observe as grande colmeias no teto.


Casal indiano passeia abracado no jardim ao redor da tumba.


Um dos 4 portoes que cercam o jardim ao redor da Tumba do Imperador Akabar.


Parte posterior da Tumba do Imperador Akabar.

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Namaskar

Isto mesmo, a cidade de Agra nao tem somente o maosoleu do Taj Mahal para se visitar.
Uma vez que voce vai gastar tempo e dinheiro para ir ate Agra ver o Taj Mahal, aproveite e veja tambem:
- Agra Fort
- Itimad-ud-Daulah
- Akbar’s Tomb
- India in Motion
Eu nao vou te falar nada sobre o Taj Mahal ou o Agra Fort pois eles estao em todos os roteiros turisticos e qualquer guia despreparado pode te falar sobre eles.

Hoje eu vou te contar sobre minha visita a linda tumba do imperador Akabar.

Akabar foi um dos mais peculiares imperadores islamicos da India e para que voce aprenda mais sobre ele, de modo facil e sem ter de ler um livro de historia, sugiro que assista ao filme Jodha Akabar, antes de sua visita a Agra e em especial a sua magnifica tumba.

Akabar comecou a construcao de sua propria tumba que mistura motivos islamicos, hindus, cristaos, budistas e jainista, seguindo sua filosofia de respeito a todas religioes.

Apos sua morte, seu filho Jehangir terminou a tumba do pai, mas a modificou muito do desenho original feito pelo proprio Akabar.

Esta magnifica tumba fica cercada por um jardim imenso com 4 grandes e lindos portais todos decorados.

O acesso a tumba se da por um corredor onde ao fundo fica a tumba propriamente dita em uma sala com 22 metros de altura e um eco maravilhoso. Um senhor islamico fica sempre la dentro recepcionando os turistas e gritando “Allah” para que oucam o eco.

Para quem nao sabe, Akabar foi avo de Shah Jahan (o imperador que construiu o Taj Mahal). Assim sendo, a tumba de Akabar eh muito mais antiga e historica do que o Taj. Ela tem 423 anos de idade e eh absolutamente linda.

Eu particularmente adorei e fiquei emocionada la dentro. Ela tem uma energia boa por dentro, o que nao ocorre no Taj.

Nao deixe de visita-la, eu recomendo com certeza!!

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Com o Indiagestão você viaja sem pagar nada e fica conhecendo TUDO que ha de melhor!




Incredible Akabar’s Tomb!

Om Shanti

Copyright - A reprodução é livre, desde que o autor, a fonte e o blog INDI(A)GESTÃO sejam devidamente citados e os links fornecidos.


08 agosto 2008

Qual eh o Erro???

Namaste

Eu ja falei sobre a pratica hindu do Sati aqui no blog, assim sendo, me responda qual eh o grave erro cometido pelos alunos de historia que fizerem este trabalho escolar?????

De um modo geral o video-trabalho-escolar esta bom e foi bem feito, porem onde foi que eles erraram grave e por que??????????




29 julho 2008

Taj Mahal


Vista aerea do Taj Mahal



Poco de agua no interior do Taj Mahal



Vista frontal do Taj Mahal



Veja a cupula com o simbolo



Close up do simbolo



Desenho do simbolo encrustado no pateo



Flor de lotus bem no meio da entrada



Vista da parte de tras do Taj com sesu 22 apartamentos



Vista das portas e janelas fechadas na parte de tras



Tipico corredor vedico



Casa de musica - uma contradicao


Quarto fechado no andar superior



Apartamento em marmore no andar terreo



Om nas flores das paredes



Escada que leva aos andares subterraneos



Corredor de 92 metros dos apartamentos



Um dos 22 quartos no andar subterraneo secreto



Interior de um dos 22 apartamentos



Interior em um dos 22 apartamentos



Desenho vedico no teto de um dos apartamentos secretos



Porta de ventilacao fechada com tijolos



Parede fechada que levava aos outros 21 quartos



Mais uma porta fechada com tijolos



Local em Barhanpur onde morreu Mumtaz



Tumba onde Mumtaz esta enterrada

Namaskar


Eu nao li o livro do Prof. P. N. Oak entitulado Taj Mahal: The True Story, onde ele fala sobre a origem duvidosa da famosa tumba. Eu so sei com certeza que ha MUITA informacao errada a respeito deste mausoleu.

Em primeiro lugar o Taj Mahal nunca foi e nunca sera um “templo do amor” como as revistas de viagem e turismo adoram escrever, pois a verdade eh que nao passa de um grande mausoleu com 2 defuntos dentro.


Imagine que no cemiterio da sua cidade, alguma pessoa rica tenha construido uma grande tumba para colocar o corpo de um defunto e que voce fosse la visitar a tal tumba. Eh isso que eh o Taj Mahal.


Em alguns lugares do mundo como na Europa, faz parte do roteiro turistico visitar igrejas antigas; aqui na India faz parte do circuito turistico visitarmos mausoleus. Eh funebre com certeza, mas os turistas nao se importam e na verdade gostam muito e pagam caro (750 Rupias a entrada para a tumba do Taj Mahal).

O mesmo ocorre com as piramides que tambem sao tumbas gigantes que continham os corpos mumificados dos faraos.


Eh coisa propria do ser humano esta fascinacao por visitar os lugares de repouso dos falecidos.

Mas voltando ao Taj Mahal, segundo a historia oficial, sua construcao levou 22 anos; e eu te pergunto: durante estes 22 anos de construcao, onde foi colocado o corpo da finada Mumtaz-ul-Zamani???????? Eu sei, voce nunca parou para pensar nisso antes, tudo bem, pense agora........


Mumtaz-ul-Zamani, nao era a esposa oficial de Shajahan, mas tao somente uma entre as 200 mulheres de seu harem. Ele a comprou quando ela ainda era crianca e logo comecou a fazer-lhe filhos um atras do outro. Mumtaz-ul-Zamani morreu de parto aos 24 anos de idade ao parir seu 12˚ filho; e eu te pergunto: cometer pedofilia e fazer uma menina parir tantos filhos ate mata-la de parto, eh amor???????????????


O Prof. P. N. Oak afirma que o Taj Mahal eh na verdade um templo hindu dedicado a Shiva e que Shajahan se apossou para colocar o corpo de sua comcubina. Pode ser e pode nao ser, pois naquela epoca era comum a mistura arquitetonica, assim como era comum se apossar (invadir) templos e palacios alheios. Nao vamos esquecer que os muculmanos gostavam de impor sua crenca e religiao a força.


Fonte: http://www.whitedrums.com/i21.html

Veja as fotos, leia o livro Taj Mahal: The True Story (se voce conseguir encontrar) e tire suas proprias conclusoes.

So nao se esqueca que o Taj passou por "reformas" e que o livro escrito pelo Prof. Oak foi retirado das prateleiras e a editora impedida de republica-lo. Isso ja nos idos da decada de 80.


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Incredible India!


Om Shanti



26 junho 2008

Toilet em Trem (História)


Nâmaskar

Leia abaixo este interessante fato histórico:

Carta de Okhil Babu ao Departamento Ferroviário da Índia:

“Eu cheguei pelo trem de passageiro na estação Ahmedpur e minha barriga estava muito inchada de comer jaca. Fui então ao toilet. Estava eu defecando quando o guarda soou o apito de partida do trem e eu tive que correr com o “dhoti” na mão e cai expondo minha bunda a homens e mulheres na plataforma. Eu sai da estação Ahmedpur.

Isso é muito mau, se o passageiro vai cagar e o estúpido guarda não espera cinco minutos por ele. Portanto peço que multe aquele guarda pelo bem público. Caso contrário eu farei uma grande reclamação! aos jornais.”

Okhil Chandra Sen escreveu esta carta ao escritório de Sahibganj da ferrovia em 1909.
Ela está a mostra no Railway Museum (Museu Ferroviário) em Nova Delhi.

Adivinhe a importância histórica desta carta????
Ela aparentemente levou à introdução de toilets nos trens indianos!!


Veja abaixo a carta original em inglês.

Tive que fazer uma versão ao traduzir pois o inglês é bastante ruim.

"I am arrive by passenger train Ahmedpur station and my belly is too much swelling with jackfruit. I am therefore went to privy. Just I doing the nuisance that guard making whistle blow for train to go off and I am running with 'lotah' in one hand and 'dhoti' in the next when I am fall over and expose all my shocking to man and female women on plateform. I am got leaved at Ahmedpur station. This too much bad, if passenger go to make dung that dam guard not wait train five minutes for him. I am therefore pray your honour to make big fine on that guard for public sake. Otherwise I am making big report! to papers."

Incredible India! (slogan oficial do governo indiano)


Om Shanti

07 janeiro 2008

Karl Marx e a India


Namaskar

Veja o texto abaixo. Bem típico do velho Marx.

Adoro ver a Índia derrotar todos que tentam entende-la e explica-la :)

Incredible India!

Om Shanti

Os Resultados Eventuais da Dominação Britânica na India

Karl Marx

22 de Julho 1853

Escrito: 22 de Julho de 1853
Primeira Edição: Artigo publicado no New Tork Daily Tribune a 8 de Agosto de 1853
Fonte: amavelmente cedido por GeoEconomia.
Tradução: Jason Borba.
HTML de José Braz para o Marxist Internet Archive.

Nesta carta, eu me proponho a concluir minhas observações sobre a Índia. Como a supremacia inglesa chegou a se estabelecer na Índia? O poder supremo do Grande Mogol foi derrotado por seus vice-reis. O poder dos vice-reis foi derrotado pelos Mahrattes. O poder dos Maharattes foi derrotado pelos afegãos e, enquanto todos lutavam contra todos, o britânico fez-se irromper e os subjugou todos. Um país não dividido somente entre maometanos e hindus, mas entre tribo e tribo, entre casta e casta; uma sociedade baseada em uma sorte de equilíbrio resultante de uma repulsão geral e de um exclusivismo orgânico de seus membros: tal país e tal sociedade não seria uma presa jurada à conquista? Se não conhecêssemos nada do passado do Hindustão, não restaria ainda o marcante e incontestável fato de que no momento presente a Índia é mantida sob o jugo inglês por um exército indiano mantido às custas da própria Índia? A Índia não poderia portanto escapar ao destino de ser conquistada e toda sua história, se história houver, é a das conquistas sucessivas que ela sofreu. A sociedade indiana não tem qualquer história, pelo menos história conhecida. O que chamamos de história não é a história dos invasores sucessivos que fundaram seus impérios sobre a base passiva desta sociedade imóvel e sem resistência. A questão não é, portanto, a de saber se os ingleses têm direito de conquistar a Índia, mas se devemos preferir a Índia conquistada pelos turcos, pelos persas, pelos russos, à Índia conquistada pelos britânicos.

A Inglaterra tem uma dupla missão a alcançar na Índia: uma destrutiva, outra regeneradora - aniquilação da velha sociedade asiática e a instalação dos fundamentos materiais da sociedade ocidental na Ásia.
Árabes, turcos, tártaros, mongóis, que invadiram sucessivamente a Índia, foram prontamente"hinduizados", com os conquistadores bárbaros sendo, por uma lei eterna da História, conquistados eles próprios pela civilização superior de seus assujeitados. Os britânicos são os primeiros conquistadores superiores e consequentemente inacessíveis à civilização hindu. Eles a destruíram destruindo as comunidades indígenas, extripando-lhe a indústria indígena e nivelando tudo o que era grande e superior na sociedade indígena. A história de sua dominação na Índia não retrata outra coisa que seja diferente dessa destruição. A obra de regeneração surge com sofrimento em meio a um monte de ruínas. Ela, pelo menos, começou.

A unidade política da Índia, mais consolidada e estendendo-se para mais longe do que jamais feito sob os Grandes Mogols, era a primeira condição de sua regeneração. Esta unidade imposta pela lança britànica vai agora ser reafirmada e perpetuada pelo telégrafo elétrico. O exército indígena organisado e treinado pelo sargento instrutor britànico era o sine qua non da Índia que se emancipa e da Índia que não será a presa do primeiro intruso estrangeiro. A imprensa livre, introduzida pela primeira vez na sociedade asiática e gerida principalmente pela comum progenitura de hindus e de europeus, é um novo e potente agente de reconstrução. Os sistemas zemindari e ryotwari, por mais abomináveis que sejam, constituem-se de tal modo que elas próprias são duas formas de propriedade privada da terra - o grande sonho da sociedade asiática. Os nativos da Índia, educados em Cálcuta sob a tutela inglesa, ainda que com má vontade e parcimônia, estão em vias de formar uma classe nova, dotada de atitudes requeridas ao governo e imbuídas de ciência européia. O vapor colocou a Índia em comunicação regular e rápida com a Europa, ela pôs seus portos principais em relação com os dos mares do sul e do leste e a tirou do isolamento que era a causa de sua estagnação. N ão está tão longe o dia em que por uma combinação de estradas de ferro e de barcos a vapor a distância entre a Inglaterra e a Índia, medidas pelo tempo, será reduzida a oito dias, e onde esta região de há muito fabulosa, será praticamente anexada ao mundo ocidental.

As classes dirigentes da Grã-Bretanha não haviam manifestado até o presente senão um interesse acidental, transitório e excepcional com relação ao progresso da Índia. A aristocracia queria conquistá-la, a plutocracia pilhá-la e a oligarquia manufatureira subjugá-la por meio de suas mercadorias a baixo preço. Mas as posições estão mudadas no presente. A oligarquia manufatureira descobriu que a transformação da Índia em um grande país produtor tornou-se de importância vital para ela e que, para esses fins, é acima de tudo necessário dotá-la de meios de irrigação e de comunicação interiores. Ela projeta no presente cobrir a Índia com uma rede de vias férreas. E ela o fará. Os resultados deverão ser incomensuráveis.

É notório que o poder produtivo da Índia está paralizado pela falta absoluta de meios para transportar e trocar seus variados produtos. Em nenhuma parte como na Índia veremos a miséria social em meio a abundância natural em decorrência da falta dos meios de trocar. Foi provado, diante de uma comissão da Câmara dos Comuns britânica que instalou-se em 1848, que"enquanto se vendia o grão entre seis e oito shillings o quarto em Khadesh, ele era vendido entre 64 e 70 shillings em Poona, onde o povo morria de fome nas ruas sem possibilidade de fazer vir os aprovisionamentos de Khandesh pois os caminhos de terra estavam impraticáveis".

A entrada em serviço das estradas de ferro pode facilmente ser utilizado no interesse da agricultura por atravessar os reservatórios, lá onde é necessário conquistar a terra pela terraplanagem, e pela adução da água ao longo das linhas. Assim a irrigação, o sine qua non da cultura do solo no oriente, pode ganhar uma grande extensão e o retorno frequente das fomes locais, devido à falta de água, será conjurada. Considerando-se esse aspecto, a importância geral dessas estradas de ferro torna-se evidente se recordarmos que os proprietários das terras irrigadas, mesmo nos distritos vizinhos da cadeia das Ghâts, pagam o triplo de impostos, empregam dez ou doze vezes mais mão-de-obra, e que essas terras produzem doze ou quinze vezes mais que a mesma superfície não irrigada.

As estradas de ferro fornecerão os meios para reduzir as proporções e o custo de manutenção dos estabelecimentos militares. O coronel Warren, comandante in loco do forte St.William, expôs diante de uma comissão especial da Câmara dos Comuns que"a possibilidade de receber informações das partes mais distantes do país em algumas horas, onde hoje é necessário dias e semanas, e de enviar instruções com torpas e aprovisionamentos no mais breve período, são considerações que dificilmente poderão ser superestimadas. As tropas poderiam ser estacionadas em acampamentos mais distantes e mais salubres que no presente e muitas perdas de vidas por doença seriam assim poupadas. Não haveria mais necessidade de ter aprovisonamentos nos depósitos e as perdas por decomposição e destruição, efeito natural do clima, seriam também evitadas. Os efetivos poderiam ser reduzidos em razão direta de sua eficácia".

Sabemos que a organização municipal e a base econômica da sociedade rural fundada na auto-gestão têm sido destruídas, mas seus piores traços, a dissolução da sociedade em átomos estereotipados e sem conexão entre eles, sobreviveram. O isolamento da vila produziu a falta de vias na Índia e a falta de vias perpetuaram o isolamento da vila. Assim, uma comunidade existia num nível dado e inferior de bem estar, quase sem relação com as outras vilas, sem os anseios e os esforços indispensáveis ao progresso social. Os britânicos destruiram a inércia das vilas que se bastavam a si mesmas, as estradas de ferro vão satisfazer a necessidade nova de comunicação e de relações. Além disso,"um dos efeitos do sistema de estradas de ferro será o de levar a cada vila um conhecimento dos fatos e invenções de outros países e dos meios deles se dotar, que logo colocarão à prova as capacidades do artesanato hereditário e assalariado da vila indiana, para em seguida compensar sua ausência" (Chapman, O algodão e o comércio da Índia).

Eu sei que a oligarquia manufatureira inglesa não deseja dotar a Índia de estradas de ferro senão na intenção exclusiva de tirar-lhe a menores custos o algodão e outras matérias primas para suas manufaturas. Mas uma vez que tenha introduzido as máquinas como meio de locomoção em um país que possui o ferro e o carvão, torna-se incapaz de mantê-los excluídos da fabricação. Nõo se pode manter uma rede de estradas de ferro num imenso país, sem introduzir os processos industriais necessários para satisfazer as necessidades imediatas e correntes da locomoção por via férrea, e daí deverá desenvolver-se também a aplicação de máquinas nos ramos da indústria sem relação direta com as estradas de ferro. Portanto, as estradas de ferro tornar-se-ão na Índa os arautos da indústria moderna. O que é ainda mais certo é que os hindus são, como admitem as próprias autoridades britânicas, particularmente dotados para se adaptar a um trabalho inteiramente novo e adquirir o requerido conhecimento das máquinas. Ampla prova nos é dada pelas capacidades e habilidade dos mecânicos indígenas, na Moeda de Calcutá, empregados há anos fazendo funcionar a maquinaria a vapor, e pelos indígenas manuseando diversos mecanismos a vapor nos distritos carboníferos de Hardwar, além de outros exemplos. O próprio Mister Campbell, que é tão influenciado pelos preconceitos da Companhia das Índias, é obrigado a reconhecer"que a grande massa do povo indiano possui uma grande energia industrial, que ela é dotada para acumular capital e destacada por um espírito de grande clareza matemática e de disposição para o cálculo e as ciências exatas"."Seu intelecto, diz ele, é excelente".

As indústrias modernas, que serão resultado do sistema ferroviário, vão dissolver as divisões hereditárias do trabalho sobre as quais repousam as castas indianas, esses obstáculos decisivos ao progresso indiano e à potência indiana.

Tudo o que a burguesia inglesa for obrigada a fazer na Índia não emancipará a massa do povo nem melhorará substancialmente sua condição social, conquanto esta depende não somente do desenvolvimento das forças produtivas mas também de sua apropriação pelo povo. Mas o que não deixará de fazer é criar as condições materiais para realizar as duas. A burguesia jamais fez mais? Ela jamais efetuou um progresso sem conduzir os idividuos e os povos através do sangue e da lama, através da miséria e da degradação?

As Índias não recolherão os frutos dos elementos da nova sociedade semeados aqui e acolá entre eles pela burguesia inglesa, até que na própria Inglaterra as classes dominantes não tenham sido suplantadas pelo proletariado industrial, ou que os próprios hindus não tenham se tornado fortes o suficiente para rejeitar definitivamente o jugo inglês. Em todo caso, esperamos poder ver, em uma época mais ou menos distante, a regeneração desse grande e interessante país, cujas gerações nativas são, para retomar a expressão do príncipe Saltykov, mesmo nas classes mais inferiores,"mais finos e hábeis que os italianos", cuja submissão mesma é contrabalançada por uma calma nobre, a qual, a despeito de sua indolência natural, tem deixado atônitos os oficiais britânicos pela sua coragem, país que foi fonte de nossas linguas, de nossas religiões e que apresenta o tipo do antigo alemão no djat e o tipo do antigo grego no brâmane.

Eu não posso deixar o assunto das Índias sem algumas observações para concluir.

A hipocrisia profunda e a bárbarie inerente à civilização burguesa se difunde sem véus diante de nossos olhos, passando da sua fornalha natal, onde ela assume formas respeitáveis, às colônias onde ela assume suas formas sem véus. Os burgueses são os defensores da propriedade privada, mas algum partido revolucionário já deu origem a revoluções agrárias como as que tiveram lugar em Bengala, em Madras e em Bombaim? Não teria ela, na Índia, para empregar uma expressão deste grande saqueador, o próprio lord Clive, recorrido a atrozes extorsões, lá onde a simples corrupção não podia satisfazer sua voracidade? Enquanto eles peroram na Europa sobre a inviolabilidade santificada da dívida pública, não confiscam na Índia os dividendos dos rajás que haviam investido sua poupança privada nos valores da Companhia [das Índias Orientais]? Enquanto eles combatem a revolução francesa sob o pretexto de defender"nossa santa religião", não proíbem ao mesmo tempo a propagação do cristianismo na Índia para extorquir os peregrinos que afluem aos templos de Orissa e do Bengala, e não tiram proveito do tráfico da morte e da prostituição perpetrada no templo de Jagannatha? Tais são os homens de"Propriedade, Ordem, Família e Religião".

Os efeitos devastadores da indústria inglesa, considerados em relação à Índia, um país tão vasto como a Europa e de uma superfície de 150 milhões de acres, são palpáveis e aterrorizantes. Mas não devemos esquecer que eles não são senão os resultados orgânicos de todo o sistema de produção, tal qual está presentemente constituido. Essa produção repousa sobre a dominação toda poderosa do capitalismo. A centralização do capital é essencial a sua existência enquanto potência independente. A influência destrutiva dessa centralização sobre os mercados do mundo não faz senão revelar, à mais gigantesca escala, as leis orgânicas inerentes à economia política atualmente em vigor em toda cidade civilizada. O período burguês da História tem por missão criar a base material do mundo novo; de uma parte, a intercomunicação universal fundada na dependência mútua da humanidade e os meios dessa intercomunicação; de outra parte, o desenvolvimento das forças produtivas da produção material a partir da dominação científica dos elementos. A indústria e o comércio burgueses criam estas condições materiais de um mundo novo do mesmo modo que as revoluções geológicas criaram a superfície da terra. Quando uma grande revolução social tiver se assenhorado dessas realizações da época burguesa, do mercado mundial e das forças modernas de produção, e os tiver submetido ao controle comum dos povos mais avançados, somente então o progresso humano cessará de parecer com este horrível ídolo pagão que somente quer beber o néctar no crânio de suas vítimas.


Foto: Karl Marx (Internet/Google)

22 junho 2007

Islâmicos batem em estudantes

Nâmaskar

Duas irmãs islâmicas de Mumbai, Samina Sheikh de 19 anos e Zarina Sheikh de 18 anos estão sendo ameaçadas de morte pela comunidade islâmica do bairro, pois estão fazendo faculdade.

As irmãs pediram proteção policial ao Tribunal Superior pois seus vizinhos islâmicos as tem aterrorizado e ameaçado por estarem estudando.

Segundo as irmãs, os homens islâmicos dizem “nossa religião não permite estudar”. Os pais das moças e um irmão mais velho foram agredidos fisicamente e estão hospitalizados.

O Tribunal superior quer saber por que a polícia nada fez apesar da família das moças ter registrado um boletim de ocorrência. Segundo consta, Mohammad Ali Nisar Ansari, seus filhos e outros homens são os principais culpados por ameaçar todas as moças islâmicas da vizinhança que estão estudando, e a policia nada fez pois Ansari trabalha como informante da polícia.

No início do ano Samina estava sentada numa cadeira fora de casa, estudando para as provas quando derrepente tomou uma bordoada pelas costas enquanto um outro homem puxou a cadeira para que caísse ao chão. O irmão mais velho das moças levou uma porrada na cabeça com um bastão de cricket e precisou receber 13 pontos.

Por que ao invés de ficar batendo em gente inocente que está estudando, estes homens islâmicos também não vão estudar para ver se ficam um pouco civilizado pelo menos???

Só para completar, no vestibular que teve agora no meio do ano, as MULHERES foram as que mais foram aprovadas e que tiraram as notas mais altas!!!!! Será que os homens estão com medo da competição? ;-)

***

30 manuscritos do Rig Veda datados de 1800 a 1500 AC foram inclusos no Memory of the World Register da UNESCO.

Fiquei feliz com esta notícia pois agora tenho certeza que estes importantes manuscritos serão preservados, assim espero....

***

Uma família de médicos de Chennai, fez o filho de 15 anos de idade realizar uma cirurgia de cesariana para que assim o garoto entrasse no livro de records mundiais como o mais novo cirurgião.

K. Murugesan e sua esposa Gandhimathi são médicos e filmaram todo o procedimento cirúrgico realizado pelo filho Dhileepan Raj. Depois eles levaram o CD com o filme para os outros médicos assistirem!!

***

A China pretende fazer um rodovia até o “Base Camp” no Evereste.

Os ambientalistas estão possessos devido ao impacto ambiental que a rodovia e outras estruturas irão causar na região. A Índia está preocupada por ser considerado ponto estratégico. E eu estou te perguntando, se o base camp fica no Nepal, por que a China vai construir a estrada??? Esta é para você tirar suas próprias conclusões ;)

***

Não perca na segunda-feira a estória da camisinha vibradora :)

Incredible India!

Om Shanti

12 outubro 2006

Aventuras na História



Namastê

Na revista Aventuras na História da Editora Abril deste mês (Outubro), há um pequenino relato do meu esposo sobre a morte da ex-Primeira Ministra indiana Indira Gandhi.
Tem até uma pequenina foto dele na revista. Veja na foto acima.

Segue abaixo a entrevista completa dada a jornalista Maria Carolina:

- Onde o senhor estava e o que fazia no dia do assassinato (31 de outubro de 1984) de Indira Gandhi?

Estava no escritório trabalhando. Ela foi assassinada aproximadamente as 9h20 da manhã mas oficialmente foi declarado quase as 15h30 da tarde.

- O senhor morava em Nova Delhi?

Não. Estava morando na cidade da Calcutá (agora Kolkata).

- Como recebeu a notícia do que havia acontecido (viu na televisão, ouviu no rádio, alguém lhe contou)?

Eu estava no escritório e alguém saiu para comprar alguma coisa. Quando ele voltou, ele contou sobre a morte de Indira. O governo inicialmente não revelou sobre o assassinato. Não tinha rádio comigo e eu lembro que fui para o escritório do PTI (Press Trust of India) em Calcutá e li as notícias sobre a condição dela. Quando nós ficamos sabendo que ela finalmente foi declarada morta, era quase 15h30 da tarde. Depois, meu chefe ligou seu rádio e ouvimos os detalhe sobre a morte. Mais tarde, quando fui para casa eu assisti noticiário na TV a noite. A TV estava dando cobertura continuamente.

- O que sentiu ao saber da morte da primeira-ministra?

Quando ela morreu, eu tinha 27 anos. Desde meus dias de colegial e faculdade eu nunca gostei muito de Indira Gandhi mas você sabe que este tipo de morte nunca é desejável. Ela era totalmente uma autocrata e junto com seu filho mais novo Sanjay Gandhi e uma panelinha de pessoas próximos dela quase tornou uma ditadura na época de 1975-1977 quando ela declarou “Emergência” na India. Depois que perdeu a eleição em 1977, foi reeleita em 1980.

Ela tornou-se inimiga para uma grande maioria dos Sikhs por causa das ações militares contra eles. Eles planejaram uma revolta separatista e Indira mandou reprimir a revolta (eles queriam formar um país independente para eles) e desde então eles ficaram frustrados e queriam matar ela.

No 31 de Outubro, 1984, dois sikhs, seguranças pessoais da Indira Gandhi, Satwant Singh e Beant Singh mataram ela no jardim da casa oficial da Primeira Ministra no No. 1, Safdarjung Road em Nova Delhi. Ela estava caminhando de sua casa para o escritório (no mesmo terreno) para ser entrevistada pelo ator britânico Peter Ustinov. Ela passou pelo portão, guardado por Satwant e Beant; quando ela se curvou para cumprimenta-los no estilo indiano tradicional, eles abriram fogo com suas pistolas semi-automáticas dando-lhe 16 tiros. Ela morreu a caminho do hospital, em seu carro oficial, mas só foi declarada morta muitas horas depois.

- Há alguma imagem ou fato daquele dia que tenha ficado marcado em sua memória?

Sim, lembro embora 22 anos se passaram !!!! Eu ainda lembro que após o anúncio de sua morte todos os escritórios foram fechados .... todos o trânsito parou ... nesse dia não tinha minha motocicleta (hoje não lembro a razão)..... aproximadamente as 17 horas da tarde eu e outras três pessoas começamos a ir para casa no carro do meu chefe.... mas não conseguimos ir totalmente com o carro ..... as pessoas fizeram procissões e não permitiu o carro prosseguir em alguns ruas menores .... andei pouca distância ... todas as lojas foram fechadas ... quando fui para a estação de trem perto de casa, vi muitas pessoas andando nos trilhos da ferrovia para ir para suas casas ...... muitos parentes e amigos meus tiveram também que caminhar para casa .... mas em Calcutá não teve rebelião contra os sikhs porque o governo local tomou muitas precauções mas a cidade inteira estava tensa ... começávamos a receber as notícia dos motins em diferentes cidades especialmente em Nova Delhi ... no dia seguinte ( Nov. 1), foi declarado feriado nacional de luto.

- O que mudou na vida dos cidadãos indianos após o assassinato?

Não muito; mas todo o pais ficou chocado por uns três dias !!! O filho dela, Sr. Rajiv Gandhi, tornou-se Primeiro Ministro no mesmo dia. Para os políticos e cidadãos ficou caótico por alguns dias e finalmente voltou a ficar tranqüilo novamente.
Delhi teve um motim e quase 3000 sikhs foram mortos e o motim continuou por 7/8 dias.

- Qual a sua atual atividade profissional?

Sou engenheiro civil. Estava trabalhando com engenharia já naquela época.

- Outras informações.

Indira Gandhi vinha recebendo ameaças de morte desde que ordenou o ataque ao “Golden Temple” onde mais de 1000 pessoas morreram (em Junho 1984, chamada Operation Bluestar.
O templo dourado é um lugar sagrado para os sikhs como o Vaticano para os cristãos e Meca para os muçulmanos). Eles (sikhs) estavam escondendo muitas armas e munição no templo sagrado. Indira Gandhi provavelmente estava antecipando sua morte e disse:

"If I die a violent death as some fear and a few are plotting, I know the violence will be in the thought and the action of the assassin, not in my dying...." e disse ainda: “If I die today, every drop of my blood will invigorate the nation”

A verdade é que a mataram a sangue frio e queima-roupa uma senhora idosa indefesa e que havia se curvado para cumprimentar seus seguranças sem saber que na verdade eram seus assassinos! Um ato covarde com toda certeza mas do qual a comunidade sikh se orgulha até hoje.

Om Shanti

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01 julho 2006

2 de Julho - Dia do Bombeiro!



Namastê

Dia 2 de Julho é dia do Bombeiro aí no Brasil. Aqui na Índia não creio que tenhamos tal dia, pelo menos nunca ouvi falar.

Alguém já escreveu que “Ser bombeiro é ser anjo”, mas aqui na Índia é ser ‘santo milagroso’!

Começa que o governo não investe no corpo de bombeiro. Olha só a foto e veja o coitado segurando a mangueira sem luvas. O de trás sem capacete.

Aqui faltam os materiais básicos pra se fazer qualquer tipo de resgate, combater incêndio etc. E pra piorar tudo de vez, falta água!!!!!!!!!!!!

Nas ruas, prédios, lugares públicos NãO se tem hidrante nenhum pois não se tem água!! Então como funciona? Os carros pipas (caminhão de água) buscam água no rio Yamuna, Ganges, ou o riacho mais próximo!! A água tem pouquíssima pressão e não dura muito.

A dificuldade de acesso aos lugares para apagar qualquer incêndio ou fazer resgate é MUITO GRANDE pois a Índia tem muita população, é tudo muvucado e tudo MUITO desorganizado. É como sempre digo, aqui os anjos da guarda existem e dão plantão 24 horas x 7 dias da semana!

Os nossos bombeiros aqui sofrem com o trânsito caótico, a falta de acesso, a falta d’água, a falta de instrumentos e materiais apropriados, em fim, se bombeiro é anjo em todos os lugares, aqui eles são ‘santos milagreiros’ pois tem que fazer milagre pra poder trabalhar com tantas dificuldades e adversidades!!!

Guincho e guindaste em caso de terremotos ou remoção de escombros é o nosso querido elefante! O coitado do bicho que tem que puxar aqueles pedaços enormes de paredes...

Em fim, deixo aqui a minha sincera homenagem a todos os bombeiros de todo o mundo. Com certeza todos são muito queridos além de heróis anônimos e anjos salvadores!

Feliz Dia do Bombeiro a todos!

Um grande beijo e um forte abraço!! E em suas orações, por favor incluam os bombeiros indianos pois aqui a coisa é muito feia pro lado deles!

Em 2 de julho de 1856, o Imperador D.Pedro II, assinava o Decreto Imperial nº 1.775, que regulamentava, pela primeira vez no Brasil, o serviço de extinção de incêndio. Nessa época, ao sinal de incêndio, o badalar dos sinos alertava homens, mulheres e crianças que ficavam em fila e, do poço mais próximo, passavam baldes de mão em mão, até chegarem ao local que estivesse em chamas. Para oficializar a importância do bombeiro, por decreto do Presidente da República, desde 1954, todo 2 de julho deve ser dedicado a homenagear esses profissionais. Nada mais justo que uma data em honra dessas pessoas sensíveis às necessidades do próximo e engajados no desejo de servir bem a comunidade.
http://www.bombeirosemergencia.com.br/diadobombeirobr.htm

OM Shanti

30 junho 2006

Castas

Namastê

Para saber mais sobre castas e entender melhor, por favor leia a seguinte reportagem:
http://capricho.abril.uol.com.br/quarto/conteudo_140382.shtml

Eu sou uma "descastada" pois sou estrangeira; melhor assim :-)

Incrível India!

OM Shanti

05 abril 2006

DELHI


Namastê

Como você sabe, eu amo Delhi e por isso mesmo gostaria de te contar um pouco sobre minha cidade. Sim, Delhi me pertence, é minha! Hehehehehehe

Meu interesse por Delhi surgiu inicialmente em março de 2000 quando sai pela primeira vez do aeroporto e pisei nesta cidade. Isto aconteceu exatamente no dia de Holi, o festival da cores, e todos estavam coloridos e brincando uns com os outros. O clima festivo e o lindo dia de sol, porém não muito quente, contribuíram muito para me causar uma muito boa primeira impressão.

Do aeroporto internacional para o nacional, onde peguei um vôo doméstico, apesar de muito curta a distância entre um e outro, fiquei muito bem impressionada com o que vi; ruas largas, grama aparada e ares de cidade grande. Mas foi mesmo na segunda vez que pisei em Delhi que me apaixonei por ela!

Em Delhi, as pessoas estão bem mais acostumadas com estrangeiros e não ficam olhando para nós como se fossemos ETs ou animais no zoológico.

As ruas e avenidas arborizadas e a imensa quantidade de parques e reservas florestais tornam Delhi muito bela e agradável.

O trânsito caótico e barulhento é o mesmo que no restante da Índia, Mas aqui pelo menos há muito mais semáforos e o tráfego flui melhor e mais rápido; lógico que as avenidas largas e os viadutos contribuem muito para isso.

Temos aqui cerca de 13 milhões de habitantes (pessoas) distribuídos em 1.483 km², e um incontável número de vacas (animais).

Você algum dia já se perguntou por que Nova Delhi chama-se NOVA Delhi??? Se o nome é Nova Delhi isto significa que ouve uma “velha” Delhi??? Assim como você, eu um dia também me fiz esta pergunta.

Sim, na verdade, houveram 7 (sete) “velhas” Delhi!!! Isso mesmo Sete “velhas” Delhi!!!! Para que se ter uma só quando se pode ter oito!!! Calcule, 7 “velhas” Delhi + 1 Nova Delhi = 8 Delhis !!!!!!!!!!!
Já deu pra você perceber porque amo tanto esta cidade; porque há 8 delas!!!!!!!!!! rssssssss

Aprenda aqui com nosso blog tudo sobre Delhi, pois os guias turísticos só falam Hindi e/ou ensinam tudo errado.

Om Shanti

09 março 2006

Escola


09/03/2006

Nâmaskar

O governo indiano pelo quarto ano consecutivo muda literalmente a história.
Deixe-me esclarecer, o governo indiano tem deliberadamente modificado a história indiana em seus livros didáticos nos últimos 4 anos para tampar o sol com a peneira.
Mais uma vez a Índia busca desesperadamente esquecer seu passado (ainda atual) sombrio. É como algumas escolas da Alemanha que não ensinam para a nova geração nada sobre o nazismo.

Os exames escolares começaram e já 2 estudantes se suicidaram. É impressionante a pressão que os estudantes indianos sofrem por parte dos pais e da sociedade. A vergonha é tanta de não passar nos exames ou de tirar uma nota média (não precisa nem ser nota baixa) que a galerinha se mata mesmo.

Geciara, aqui vai pra você uma rápida explicação do sistema educacional indiano.

O ano letivo começa em julho sob o insuportável verão indiano. As aulas são de manhã e todos usam uniformes escolares, desde o pré até certas faculdades.
O sistema de ensino é o tradicional e algumas poucas escolas são Montessorianas. Os alunos usam livros didáticos, tem provas, fazem trabalhos escolares etc. Os professores explicam a matéria em um quadro negro com giz e os alunos sentados prestam atenção, calados e mudos se não apanham do professor.
O professor no geral é muito disciplinador e além de bater nos alunos os põem de castigo e os humilha publicamente. Na verdade a maioria são professoras nos primeiros anos escolares. Os professores (homens) são mais presentes nos últimos anos do colegial e na faculdade.

Os alunos tem hora de lanche (intervalo) como no ocidente. As melhores escolas são as cristãs estabelecidas pelos britânicos na época da colonização inglesa. É uma briga de foice pra colocar os filhos nessas escolas de padrão internacional, onde todas as matérias são ensinadas em inglês e onde se fala inglês o tempo todo. É comum e normal os pais terem que pagar propina para terem seus filhos admitidos nessas escolas. Mas também quem quer ver seu filho sentado no chão aprendendo tudo em hindi ou qualquer outra língua local?

As escolas para meninos são a maioria pois como vocês já sabem mulher na Índia não precisa estudar, serve só pra casar e procriar. E como procriam!!!! Poucas são escolas mistas.

Incredible India! (slogan do governo indiano)
Om Shanti